Via ROGERIO BASTOS:
Deixei
para escrever bem depois. Podia ter escrito no domingo, mas preferi ler um pouco
o que a “sábia internet” podia dizer do assunto. A segunda temporada do “The
Voice Kids” revelou algo que nem os mais otimistas esperavam: Thomas Machado,
de Estancia Velha, é o campeão!
O gauchinho disputou a final do reality com mais duas grandes vozes: Juan Carlos e Valentina Francisco, que cantaram muito. Ao seu modo. E no domingo 2 de abril, Thomas foi eleito por 52,48% da preferencia do público. Ivete Sangalo, sua técnica, correu até o palco para encher Thomas de carinho.
Nas redes sociais as mais diversas opiniões dos entendidos. Até o MTG, que não se manifestou, mas, ao longe admirava o trabalho do pequeno Thomas, era criticado. Que mania.
Pilcha: Ele foi fiel à sua criação e à sua cultura. Não tirou em nenhum momento sua marca registrada: O amor pelo seu estado externado em sua indumentária. Não que os demais que cantaram foram menos gaúchos que ele. Mas, ele mexeu com o sentimento do povo. Isso foi diferente de qualquer outra oportunidade já vista. Thomas uniu um sentimento gaúcho pelo Brasil. Não se tem duvidas disso. Se as outras crianças não usaram pilcha, não tem problema, respeitemos e lembremos que elas foram criadas dentro de CTGs e se orgulham disso. Respeito, essa é a palavra.
As músicas: Os “entendidos” queriam que ele cantasse musica regional. Não funciona assim. Uma lista de músicas que a produção entrega para escolher qual será cantada. O que tornou a vitória dele maior ainda. Mas o Thomas é iluminado. No fantástico cantou o que? Querência Amada, de Vitor Mateus Teixeira.
O MTG: Claro que o MTG acompanhou as apresentações, por que o Movimento somos nós. Nós, que o fizemos. Nós, que falamos. Nós, que agimos. Se estava certa ou errada a pilcha... Vamos deixar para os entendidos das redes sociais analisarem, culparem, executarem.
O importante é que o Thomas e sua família honraram o nosso estado e, mais: Inauguraram um novo momento na representação da imagem do gaúcho. Não temer um programa nacional, em uma grande rede, deu uma lição igual a que o catarinense, Pedro Raymundo deu ao Brasil: Ousou usar a roupa característica do sul do país e deu aula para, nada mais nada menos, que Luiz Gonzaga, que passou usar a roupa de vaqueiro nordestino.
A Lição: Para aqueles que tiraram a pilcha para que sua música ganhasse o país... e voltaram pra casa para usa-la novamente a lição do pequeno Thomas: Sejas verdadeiro. Sejas tu mesmo. Foi assim que ele ganhou o Brasil.
Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo” – na entrada do Oraculo de Delphos está a lição.
E o Jadirzinho, como sempre, definiu tudo e muito bem em seus versos:
VERSOS PRA THOMAS MACHADO
Jadir
Oliveira Filho
As vezes fico pensando
Onde se acerta ou se
erra
Tão fazendo um pé de
guerra
Por causa de um piá
cantando
Já vi gente se
xingando
E com isso até me
comovo
Thomas é um talento
novo
Daqueles que igual não
tem
E se canta mal ou bem
Quem decidiu foi o
povo!
Quando se escolhe
cantar
Seja povoeiro ou
gaudério
Jamais esqueça o
critério
Da aclamação popular
Todos podem opinar
Todos tem esse direito
Só uma coisa eu não
aceito
Porque não tem
fundamento
É trocarem o argumento
Pela falta de respeito
E eu respeito as
divergências
Cada um tem sua
opinião
Cada qual tem sua
razão
Através de sua
vivência
Mas um pouco de
paciência
Pra escutar o que o outro
diz
Sustenta a nossa raiz
E nos acalma o coração
Larguem dessa dessa
discussão
E deixem o piá ser
feliz
No mais, eu achei
bagual
Um guri de alma
campeira
Abraçado na bandeira
Em plena rede nacional
Confundem e levam a
mal
O "bairrismo"
exagerado
É só um povo
emocionado
Que se vestiu de
esperança
Através de uma criança
Chamada THOMAS
MACHADO!