Entender a Cultura como uma forma de expressão, uma meio em que a humanidade 
utiliza para se definir, para mostrar sua identidade e para mostrar a todos os 
demais suas expressões é, na minha opinião, uma maneira de contribuir para que 
deixemos de julgar Cultura, somente as formas mais tradicionais de apresentações 
artísticas – como ópera, salas de espetáculos, orquestras sinfônicas, entre 
outras – e tenhamos um olhar mais amplo, para todas as formas de arte que a 
Cultura abarca.
Hoje, trazemos uma parcela da entrevista do Chef Joan Roca a Revista Veja – texto na íntegra – com um um único objetivo: apresentar, para todos aqueles que ainda não conhecem, um saboroso viés da Cultura: a Gastronomia.
Para o chef do restaurante número 1 do mundo, El Celler de Can Roca, cozinhar não é arte, mas um artesanato que traduz memórias e vivências. Em passagem pelo Brasil, Roca falou sobre os prós e contras de ter o melhor restaurante do planeta e revelou ser um admirador do brasileiro Alex Atala
Confira a entrevista com o chef catalão Joan Roca:
 Qual o papel do Celler de 
Can Roca na cidade de Girona? O restaurante é responsável por atrair 
muitos turistas para o local? Girona é uma cidade pequena, tem cerca de 90.000 
habitantes e se localiza no norte da Catalunha, perto da fronteira com a França. 
É muito bonita, culturalmente avançada e com grande sensibilidade gastronômica. 
Mas um grande restaurante precisa de clientes de todo o mundo, ele precisa ir 
além da pequena cidade para manter uma estrutura e uma equipe de primeira linha. 
E, como resultado desse processo, o restaurante acaba atraindo turistas para o 
município. Com o prêmio, as vantagens foram maiores para Girona e para o país do 
que para o Celler. A Catalunha ganhou visibilidade, foi bom para o turismo, para 
os artigos típicos do local, para o comércio.
Qual o papel do Celler de 
Can Roca na cidade de Girona? O restaurante é responsável por atrair 
muitos turistas para o local? Girona é uma cidade pequena, tem cerca de 90.000 
habitantes e se localiza no norte da Catalunha, perto da fronteira com a França. 
É muito bonita, culturalmente avançada e com grande sensibilidade gastronômica. 
Mas um grande restaurante precisa de clientes de todo o mundo, ele precisa ir 
além da pequena cidade para manter uma estrutura e uma equipe de primeira linha. 
E, como resultado desse processo, o restaurante acaba atraindo turistas para o 
município. Com o prêmio, as vantagens foram maiores para Girona e para o país do 
que para o Celler. A Catalunha ganhou visibilidade, foi bom para o turismo, para 
os artigos típicos do local, para o comércio.
Hoje, trazemos uma parcela da entrevista do Chef Joan Roca a Revista Veja – texto na íntegra – com um um único objetivo: apresentar, para todos aqueles que ainda não conhecem, um saboroso viés da Cultura: a Gastronomia.
Para o chef do restaurante número 1 do mundo, El Celler de Can Roca, cozinhar não é arte, mas um artesanato que traduz memórias e vivências. Em passagem pelo Brasil, Roca falou sobre os prós e contras de ter o melhor restaurante do planeta e revelou ser um admirador do brasileiro Alex Atala
Confira a entrevista com o chef catalão Joan Roca:
 Quando o El Celler de Can Roca ganhou o prêmio 
de melhor restaurante do mundo, em abril, o vencedor anterior, o chef 
dinamarquês René Redzepi, de Copenhague, disse que não estava ressentido, 
principalmente porque o prêmio já havia rendido frutos suficientes para o seu 
restaurante, o Noma. O Celler de Can Roca também se beneficiou da exposição que 
o prêmio deu ao restaurante? Sim. O prêmio trouxe novos clientes e repercussão 
internacional. Mas o restaurante já estava muito bem, tinha uma longa lista de 
espera para reservas mesmo antes do prêmio, porque tinha sido apontado por dois 
anos consecutivos como o segundo melhor restaurante do mundo pela mesma lista. 
Tínhamos muito reconhecimento, mas é verdade que este prêmio é poderoso, 
principalmente para posicionar uma marca no âmbito internacional, e o recebemos 
com gratidão. Ao mesmo tempo, sabemos que esse reconhecimento é efêmero e não o 
levamos tão a sério.
Há alguma 
desvantagem em ser o número um do mundo? Sim, o excesso de reservas e a 
dificuldade de lidar com a quantidade de pessoas que procuram o restaurante. 
Gente de todo o mundo que quer visitar o lugar e não pode, porque o Celler está 
lotado e a agenda está cheia pelos próximos onze meses. Algumas pessoas não 
aceitam, dizem: “Quero ir na semana que vem e sou muito importante”. É muito 
complicado.
Como é a cozinha do 
Celler de Can Roca? Que tipo de ambiente você e seus irmãos tentam 
construir? Trabalhamos para ser felizes fazendo o que gostamos de fazer, 
independentemente do reconhecimento que venhamos a ter. A nossa cozinha é muito 
diversa, temos cozinheiros de dezessete nacionalidades distintas. É enriquecedor 
para mim e para o resto da equipe trabalhar em conjunto com gente jovem, 
compromissada, apaixonada pela cozinha e cheia de vontade de aprender. É um luxo 
trabalhar nesse ambiente de concentração, não de tensão. Nem todos falam 
espanhol ou catalão, mas acabamos nos entendendo bem, falamos também inglês ou 
francês. A comunicação nas cozinhas é muito fácil, é uma cultura universal.
De onde vem a 
inspiração para criar pratos? Você procura reinventar tradições, com 
toques modernos, ou criar coisas completamente novas? Temos um ponto de partida 
importante, que são elementos arraigados em nossa cultura e nossa memória, muito 
próximos de nós. É uma cozinha que se inspira na tradição, mas estamos muito 
abertos ao diálogo com a ciência, com a arte, com a engenharia agrônoma e 
industrial.
Como arte e 
gastronomia podem ser relacionados? Gosto de dizer que a cozinha não é 
arte, os cozinheiros são artesãos, não artistas. Gostamos muito de dialogar com 
a arte, aprender com ela, buscar as complexidades dela.
 Qual o papel do Celler de 
Can Roca na cidade de Girona? O restaurante é responsável por atrair 
muitos turistas para o local? Girona é uma cidade pequena, tem cerca de 90.000 
habitantes e se localiza no norte da Catalunha, perto da fronteira com a França. 
É muito bonita, culturalmente avançada e com grande sensibilidade gastronômica. 
Mas um grande restaurante precisa de clientes de todo o mundo, ele precisa ir 
além da pequena cidade para manter uma estrutura e uma equipe de primeira linha. 
E, como resultado desse processo, o restaurante acaba atraindo turistas para o 
município. Com o prêmio, as vantagens foram maiores para Girona e para o país do 
que para o Celler. A Catalunha ganhou visibilidade, foi bom para o turismo, para 
os artigos típicos do local, para o comércio.
Qual o papel do Celler de 
Can Roca na cidade de Girona? O restaurante é responsável por atrair 
muitos turistas para o local? Girona é uma cidade pequena, tem cerca de 90.000 
habitantes e se localiza no norte da Catalunha, perto da fronteira com a França. 
É muito bonita, culturalmente avançada e com grande sensibilidade gastronômica. 
Mas um grande restaurante precisa de clientes de todo o mundo, ele precisa ir 
além da pequena cidade para manter uma estrutura e uma equipe de primeira linha. 
E, como resultado desse processo, o restaurante acaba atraindo turistas para o 
município. Com o prêmio, as vantagens foram maiores para Girona e para o país do 
que para o Celler. A Catalunha ganhou visibilidade, foi bom para o turismo, para 
os artigos típicos do local, para o comércio.
Quais são os seus 
ídolos na gastronomia? Meu maior ídolo é a minha mãe, a melhor cozinheira 
do mundo (risos). Depois disso, tenho ídolos que conheci por meio de livros, que 
me ensinaram coisas. Chefs da nouvelle cuisine francesa, como Georges Blanc, o 
chef suíço Frédy Girardet ou o francês Michel Guérard, autores de livros que 
devorei. Do catalão Ferran Adrià, gosto também como amigo. Há pessoas que 
admiro, como o francês Michel Bras, Alex Atala e Gastón Acurio, do Peru, que 
agregam valores à cozinha.
Se você gostou da entrevista, você pode ter 
acesso a ela, na íntegra, no 
link .
Encontrar a sua forma de expressão, onde sua 
paixão, sua dedicação e sua arte podem ser compartilhadas com as pessoas, é, 
para mim, uma das formas mais prazerosas de contribuir para um mundo melhor. 
Apresentar aos demais o que somos, o que sentimos e o que pensamos, através das 
mais diversas formas de arte – e no caso deste post, a deliciosa arte da 
gastronomia – é para o artista, o seu sustento, o seu sucesso e a sua paixão e, 
para quem aprecia, uma maneira de aplaudir ao artista por seu talento, 
contribuir com o sucesso de todos e buscar, ao seu modo , transformar o mundo em 
um lugar MELHOR.
O post A gastronomia é uma linguagem para expressar nossa cultura. 
apareceu primeiro em Cidadela Cultural. 


 
 
