Presidente informou que vai decidir em três dias se carnaval de Porto Alegre será competitivo
Liga das escolas de samba informa que TAC permite liberação de R$ 7 milhões | Foto: Ricardo Giusti / PMPA / CP Memória
Devido à crise financeira de Porto Alegre e à dificuldade de obter recursos para cumprir pagamentos de atividades essenciais, o prefeito Nelson Marchezan confirmou o corte da verba que seria destinada à realização do carnaval da cidade. O presidente da Liga das Escolas de Samba do município (Liespa), Juarez Gutierrez, afirmou em entrevista à Rádio Guaíba, nesta quarta-feira, que foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a entidade, o Ministério Público e a prefeitura para o repasse de verbas públicas para o desfile de 2017.
"Nós temos um TAC firmado entre nós, Ministério Público e prefeitura, que permite que o município nos envie até R$ 7 milhões para a realização do desfile. Neste TAC, firmado em 2016, nós temos compromissos da Liespa, que seriam as nossas contrapartidas, e estamos realizando o nosso segundo evento com recursos próprios, que será o concurso da rainha do carnaval. Nós estamos cumprindo tudo aquilo que foi acordado com as instituições, independentemente de quem era o prefeito à época", afirmou Gutierrez.
Gutierrez afirmou que a Liespa tem quatro itens a serem cumpridos como contrapartidas e garantiu que os eventos serão realizados na íntegra. "Temos de ver como isso será encarado pela prefeitura e pelo Ministério Público. Cumprimos a primeira etapa de eventos e estamos com a disposição para finalizar tudo, até para ficarmos à vontade para cobrar do poder público.
O presidente da Liespa afirmou que o mínimo de recursos necessários para a realização do carnaval seria R$ 4 milhões e se mostrou pessimista quanto à realização do desfile no próximo mês. "Estamos com essa apreensão. De qualquer maneira, ainda teremos mais uma reunião com a prefeitura e vamos realizar alguns encontros com dirigentes das escolas para definir em conjunto que tipo de apresentação pública faremos. Podemos realizar até um desfile com protesto. Dentro de três dias vamos ter uma posição definitiva sobre isso", assegurou.
O Correio do Povo entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério Público que, em função do recesso, só vai se manifestar à tarde a respeito do conteúdo do TAC.