Foto: Joel Vargas/PMPA
O prefeito Nelson Marchezan Júnior se reuniu na tarde desta sexta-feira, 6, 
com o secretário municipal da Cultura, Luciano Alabarse, seu adjunto, Eduardo 
Wolf, o secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, e o secretário adjunto de 
Parcerias Estratégicas, Fernando Dutra, para tratar do Carnaval de Porto Alegre 
2017. O chefe do executivo solicitou um estudo sobre alternativas de captação de 
recursos para tentar viabilizar o desfile das escolas de samba neste ano, uma 
vez que a prefeitura não tem condições de arcar com os custos que costumavam ser 
pagos pelo município. A estimativa é de que a maior festa popular da cidade 
custe, em cachê dos carnavalescos e infraestrutura do sambódromo, R$ 7 
milhões. 
A equipe foi surpreendida por dois contratos que somam R$ 300 mil reais, 
assinados em dezembro do ano passado, um para o fomento dos grupos do Carnaval 
da Capital. No último dia de dezembro, a antiga gestão pagou R$ 7 mil para o 
grupo especial e R$ 3 mil para a União das Entidades Carnavalescas do Grupo de 
Acesso de Porto Alegre, deixando uma dívida de R$ 290 mil com prazo de pagamento 
até 4 de janeiro. Na reunião, o prefeito reforçou que a situação financeira da 
Prefeitura de Porto Alegre é crítica. “O volume de despesas contratado na gestão 
anterior é muito superior ao das receitas previstas. Temos que priorizar quais 
serão pagas para garantir os serviços essenciais à população. Estamos 
priorizando saúde, educação infantil, assistência social e desligando cargos em 
comissão”, explicou. 
Marchezan pediu aos gestores que estão trabalhando no tema que busquem 
parcerias para tentar viabilizar o evento em 2017. “Podemos profissionalizar e 
qualificar o Carnaval de Porto Alegre para que não dependa de investimentos 
públicos municipais. Precisamos direcionar o dinheiro público, neste momento, 
para as áreas prioritárias de atendimento à população, como fizemos nesta semana 
com as creches e instituições de assistência social”, afirmou. O prefeito se 
disponibilizou a conversar com empresários para buscar recursos da iniciativa 
privada e captar verbas de onde for possível para que os desfiles sejam 
realizados.
A entidade representativa das escolas de samba poderia captar recursos 
pelas leis de incentivo federal e municipal. Mas, pelo menos neste ano, a Liga 
Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa) não apresentou 
projeto para o Carnaval de Porto Alegre. 
O secretário da Cultura vai conversar com a Liespa na próxima semana para 
buscar alternativas para custear o Carnaval em 2017, por meio de parcerias com a 
iniciativa privada. “O objetivo é também buscar um modelo sustentável, para que 
uma festa tão importante como esta não fique na dependência de recursos 
públicos”, concluiu Alabarse. 
/carnaval /eventos /festas
Texto de: Melina 
Fernandes
Edição de: Gilmar Martins
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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