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Nelson Marchezan alega que volume de despesas deixado por gestão anterior não permite bancar R$ 7 milhões
Nelson Marchezan alega que volume de despesas deixado por gestão anterior não permite bancar R$ 7 milhões | Foto: Alina Souza / CP Memória
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, solicitou um estudo sobre alternativas de captação de recursos para viabilizar o desfile das escolas de samba em 2017. Conforme o chefe do Executivo, não há dinheiro em caixa para arcar com os custos das festividades de Carnaval. A estimativa é de que a maior festa popular da cidade custe, em cachê dos carnavalescos e infraestrutura do sambódromo, R$ 7 milhões.
Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura, a equipe foi surpreendida por dois contratos somando R$ 300 mil, assinados em dezembro do ano passado, um para o fomento dos grupos do Carnaval da Capital. No último dia de dezembro, a antiga gestão pagou R$ 7 mil para o grupo especial e R$ 3 mil para a União das Entidades Carnavalescas do Grupo de Acesso de Porto Alegre, deixando uma dívida de R$ 290 mil com prazo de pagamento até 4 de janeiro.
Na reunião, o prefeito alegou que a situação financeira da prefeitura de Porto Alegre é crítica. “O volume de despesas contratado na gestão anterior é muito superior ao das receitas previstas. Temos que priorizar quais serão pagas para garantir os serviços essenciais à população”, explicou. “Podemos profissionalizar e qualificar o Carnaval de Porto Alegre para que não dependa de investimentos públicos municipais”, acrescentou Marchezan.
A ideia é de que a entidade representativa das escolas de samba possa captar recursos via leis de incentivo federal e municipal. Para 2017, porém, a Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa) não apresentou projeto para o Carnaval de Porto Alegre. O secretário da Cultura deve se reunir com representantes da Liespa na próxima semana. A Liespa, por sua vez, pretende se pronunciar após encontro com o executivo.