Autoridades apresentaram o prédio restaurado e seus espaços internos nesta sexta-feira
Foto:
Fernando Gomes / Agencia RBS
Daniel Feix
Em obras há 10 anos e com previsão de inauguração novamente postergada (estava marcada para 27 de março, Dia do Cinema Gaúcho), a Cinemateca Capitólio ainda depende da aquisição do mobiliário e da obtenção do alvará de funcionamento para ser entregue à comunidade.
Nesta sexta-feira pela manhã, autoridades municipais, incluindo o prefeito José Fortunatti, descerraram uma placa demarcando o fim das obras de restauro e conduziram jornalistas a uma visita guiada às dependências do prédio localizado na esquina da Borges de Medeiros com a Demétrio Ribeiro, centro de Porto Alegre.
– Agora vem a fase mais delicada: dar vida ao Capitólio – discursou João Guilherme Barone, presidente da Fundação Cinema RS (Fundacine), corresponsável pela operação da Cinemateca juntamente com a prefeitura da Capital.
Em tom de brincadeira, o secretário municipal da Cultura, Roque Jacoby, disse que "parece haver um sapo enterrado sob o prédio". Sua preocupação era a mesma de todos os presentes, dos funcionários da Coordenação de Cinema da prefeitura aos representantes do Ministério da Cultura presentes ao evento: a adequação às novas normas do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), que foi alterado em consequência da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria.
– A obra do Capitólio é anterior a algumas dessas normas – explica Jacoby. – Se seguirmos à risca o que consta no novo plano, devemos, por exemplo, retirar a pintura de todas as paredes para passar um produto corta-fogo sob a tinta. É inviável – acrescenta, lembrando que R$ 6,7 milhões já foram gastos na obra desde 2004 (R$ 4,1 milhões investidos pela Petrobras e R$ 1,1 milhão via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES).
O prédio ainda precisa de pequenos acabamentos e ajustes que dependem da instalação dos móveis e dos equipamentos de projeção e informática, entre outros. Na sala de cinema, no entanto, até as 165 poltronas já estão prontas para receber os espectadores.
Com algumas adaptações – mezanino e frisas laterais foram retirados, o que permitiu aumentar a inclinação da plateia, dando a ela o padrão stadium dos shopping centers –, o espaço é o mesmo do cinema de calçada que funcionou no local durante décadas.
Além de manter uma programação regular com a exibição de filmes, a Cinemateca Capitólio terá café, espaço expositivo, sala multimeios e biblioteca especializada em cinema. Será, além disso, uma espécie de arquivo central do audiovisual gaúcho, com acervo de filmes, pôsteres e documentos, que, por enquanto, estão acondicionados na Usina do Gasômetro.
Ainda não há prazo para a transferência desse acervo e o início das operações, mas tanto Jacoby quanto Fortunatti se arriscaram a fazer projeções.
– Esperamos voltar todos aqui em uns três ou quatro meses para a inauguração – disse o prefeito.
Nesta sexta-feira pela manhã, autoridades municipais, incluindo o prefeito José Fortunatti, descerraram uma placa demarcando o fim das obras de restauro e conduziram jornalistas a uma visita guiada às dependências do prédio localizado na esquina da Borges de Medeiros com a Demétrio Ribeiro, centro de Porto Alegre.
– Agora vem a fase mais delicada: dar vida ao Capitólio – discursou João Guilherme Barone, presidente da Fundação Cinema RS (Fundacine), corresponsável pela operação da Cinemateca juntamente com a prefeitura da Capital.
Em tom de brincadeira, o secretário municipal da Cultura, Roque Jacoby, disse que "parece haver um sapo enterrado sob o prédio". Sua preocupação era a mesma de todos os presentes, dos funcionários da Coordenação de Cinema da prefeitura aos representantes do Ministério da Cultura presentes ao evento: a adequação às novas normas do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), que foi alterado em consequência da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria.
– A obra do Capitólio é anterior a algumas dessas normas – explica Jacoby. – Se seguirmos à risca o que consta no novo plano, devemos, por exemplo, retirar a pintura de todas as paredes para passar um produto corta-fogo sob a tinta. É inviável – acrescenta, lembrando que R$ 6,7 milhões já foram gastos na obra desde 2004 (R$ 4,1 milhões investidos pela Petrobras e R$ 1,1 milhão via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES).
O prédio ainda precisa de pequenos acabamentos e ajustes que dependem da instalação dos móveis e dos equipamentos de projeção e informática, entre outros. Na sala de cinema, no entanto, até as 165 poltronas já estão prontas para receber os espectadores.
Com algumas adaptações – mezanino e frisas laterais foram retirados, o que permitiu aumentar a inclinação da plateia, dando a ela o padrão stadium dos shopping centers –, o espaço é o mesmo do cinema de calçada que funcionou no local durante décadas.
Além de manter uma programação regular com a exibição de filmes, a Cinemateca Capitólio terá café, espaço expositivo, sala multimeios e biblioteca especializada em cinema. Será, além disso, uma espécie de arquivo central do audiovisual gaúcho, com acervo de filmes, pôsteres e documentos, que, por enquanto, estão acondicionados na Usina do Gasômetro.
Ainda não há prazo para a transferência desse acervo e o início das operações, mas tanto Jacoby quanto Fortunatti se arriscaram a fazer projeções.
– Esperamos voltar todos aqui em uns três ou quatro meses para a inauguração – disse o prefeito.
ZERO HORA