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10 de fevereiro de 2013

Tinga abre última noite de Desfile do Grupo Especial

Foto: Ivo Gonçalves/PMPA
Escola trouxe para o Porto Seco a história das superações como enredo Escola trouxe para o Porto Seco a história das superações como enredo
Foto: Vanessa Silva/PMPA
Estado Maior da Restinga foi fundada em 20 de março de 1977
Estado Maior da Restinga foi fundada em 20 de março de 1977
A Estado Maior da Restinga, a Tinga, abriu os desfiles do Grupo Especial na noite deste sábado, 09, no Complexo Cultural do Porto Seco. A atual bicampeã do carnaval porto-alegrense trouxe para a avenida o enredo “A Restinga pede passagem e se mostra em superações. Tri felizes iremos ficar no Panteão dos campeões", onde apresentou a história das superações, apresentando a capacidade humana de ultrapassar obstáculos e desafiar limites, com exemplos de resistência e êxito. Para tanto, trouxe alas denominadas “Preciosas Jóias”, “A Força da Reconquista”, “Atletas de Ouro” e “Potencial Transformador”, entre outras.(fotos)
O intérprete Wander Pires abriu o desfile com o tradicional bordão ”Tinga, teu povo te ama”. Já o presidente da escola, Robson Machado, o Preto, ressaltou o vínculo entre o samba-enredo e o trabalho realizado na comunidade. “Trabalhamos o ano todo, com muita seriedade, e estamos prontos para nos superar, fazendo um desfile melhor do que o ano passado”, afirmou. O samba-enredo foi interpretado por Wander Pires, autor junto a André Diniz. O carnavalesco é Paulo Jorge, a bateria comandada pelo Mestre Guto, o casal de mestre-sala e porta-bandeira é Chula e Pricila, e a porta-estandarte, Tatiele. A escola levou para a avenida 2 mil componentes, divididos em 17 alas e quatro carros.
História - A Sociedade Recreativa e Beneficente Estado Maior da Restinga foi fundada em 20 de março de 1977. Suas cores são o verde, o vermelho e o branco e seu símbolo é um cisne branco. Desfilou pela primeira vez em 1979 e conquistou seu primeiro título em 1982. Sua quadra se localiza no bairro Restinga.
Por estar localizada no extremo sul da cidade, na estrada João Antônio Silveira, s/nº a Tinga, como é carinhosamente chamda, preserva suas raízes, tendo como boa parte de seus desfilantes moradores da Restinga Velha, Restinga Nova e Vila Nova.
É reconhecida por sempre fazer grandes desfiles e, desde seu primeiro ano no Grupo Especial, disputar as primeiras posições do carnaval porto-alegrense. Fez grandes desfiles, além daqueles em que foi proclamada a campeã.
Inovou o carnaval da capital gaúcha em 1999 ao contratar Laíla e Xangai, consagrados na escola de samba carioca Beija-Flor. Já teve como enredos importantes o Mercado Público de Porto Alegre (1985), os jogos de azar (1989), o estuário Guaíba (1990), os sete pecados capitais (1993), a história de lutas do povo africano (1996) e a história do Carnaval desde as saturnálias romanas (2001).
Títulos
• Campeã da Categoria-Especial: 1987, 1991, 1992, 1994, 1999, 2005, 2006, 2011, 2012
• Campeã do Grupo-II (A): 1982, 2004
Samba Enredo 2013
Tinga teu povo te ama, te aclama
Essa é a tua história, tens a chama da vitória
A força de uma escola, que nunca irá se curvar
Que não se rende e vai lutar

Restinga pede passagem e se mostra em superações
E tri felizes iremos ficar
No panteão dos campeões
Batalhas diárias a vida nos traz
Adversidades não vão nos deter
Guerreiros que somos, não vamos jamais
Desistir do sonho queremos vencer!
Imagem lançada no mar, viagem na mitologia
Martelo, escudo dos deuses
Forjado na sabedoria

Um acorde dissonante do destino lhe tocou
O piano com saudades da sua mão
Linda melodia que compõe um lutador
E a batuta do maestro rege a superação

Formas tortas de aleijadinho
Perfeição esculpida com fé e amor
Sobre rodas há bailarinos
Pára-heróis, espírito vencedor
De eficiência tão singular
A luz de artista segue a brilhar
Abraço de um país que tem que se orgulhar
A nossa comunidade é gente humilde, luta pra vencer na vida
Raça, dignidade, verdade que desfila na avenida
Sorriso de uma criança que estampa a força do cisne altaneiro
Em vermelho, verde e branco, o amor é Tinguerreiro

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Texto de: Roberta Obelheiro
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.