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18 de agosto de 2012

Porto Alegre tem primeiro festival de cultura japonesa

Foto: Ivo Gonçalves/PMPA
Abertura ocorreu ao som do taiko, tambor em japonês Abertura ocorreu ao som do taiko, tambor em japonês
Foto: Ivo Gonçalves/PMPA
Prefeito disse que o festival deve se tornar uma tradição na cidade Prefeito disse que o festival deve se tornar uma tradição na cidade
Ao som do taiko, tambor em japonês, foi aberto neste sábado, 18, o primeiro Nihon Matsuri, festival do Japão, realizado na Academia de Polícia da Brigada Militar. Enquanto cerca de 2 mil jovens faziam fila para visitar o pavilhão com jogos, campeonatos e mostras de desenhos animados, o cônsul no Rio Grande do Sul, Takeshi Goto, falava da satisfação em realizar esse que era um sonho da comunidade japonesa em Porto Alegre. “O Nihon Matsuri é um grande evento de divulgação da cultura nipônica. Para nossa alegria, cada vez mais os brasileiros procuram compreender os nossos costumes. Aqui no Sul, os gestos de aproximação nos permitem observar que, apesar de todas as diferenças, japoneses e gaúchos estão irmanados, sendo que a integração leva à mútua compreensão”, disse.

O cônsul destacou também que a realização do primeiro festival em Porto Alegre ajudará a promover o intercâmbio cultural entre os brasileiros e japoneses, fortalecendo os laços de amizade entre os países. O prefeito José Fortunati disse que o festival tem tudo para se tornar uma tradição em Porto Alegre, cidade que tem uma formação multicultural. “Ao longo dos anos, diversos povos, com suas identidades culturais e religiosas, acabaram semeando uma pluralidade que tornou mais rica a convivência na nossa cidade. A cultura japonesa vem se mostrado cada vez mais forte, como está sendo demonstrado pelos milhares de jovens aqui reunidos. Com toda a certeza, os dois povos têm muito em comum, apesar de diferenças como a distância geográfica e a língua”, avaliou o prefeito.

A estudante Luri Yoshida, que vive em Gravataí, ficou sabendo da realização do festival e veio a Porto Alegre ainda sem saber exatamente como seria a primeira edição do evento. Filha de pai japonês vindo da região de Sendai, uma das atingidas pelo tsunami de 2011, ela já esteve no Japão e compartilha com irmãos e primos que também vivem em Gravataí a cultura que herdou da mãe, que é brasileira, descendente de japoneses.

Já os estudantes Felipe Aragão, 18 anos, e Yasmin Hansen, 16, apesar de não terem descendência, visitaram o Festival do Japão para desfrutar da culinária e dos shows que serão realizados sábado e domingo. “Gostamos muito da cultura japonesa, mas há poucos eventos como esse por aqui. Então, viemos aproveitar para visitar os pavilhões”, disse Felipe.

O Festival do Japão é uma iniciativa da Associação de Cultura Japonesa de Porto Alegre, com apoio da Academia de Polícia da Brigada Militar. Tem como objetivo divulgar a cultura japonesa Rio Grande do Sul, mostrando ao público os hábitos, os costumes, a culinária típica, as atividades de lazer, os jogos e outras práticas relacionadas ao cotidiano do povo japonês.

Participaram da cerimônia de abertura o prefeito José Fortunati, o cônsul do Japão, Takeshi Goto, o presidente da Associação da Cultura Japonesa de Porto Alegre, Kazuhisa Kanno, o sub-comandante da Brigada Militar, coronel Altair Freitas Cunha, entre outras autoridades.

Programação – Nos dias 18 e 19 de agosto, sábado e domingo, o festival conta com apresentações de artes marciais, grupos de dança, desfile de kimonos, cerimônia do chá, além de exposições de shodô (caligrafia japonesa), ikebana (arte de arranjar flores, folhas e galhos naturais em harmonia com os vasos), origami (dobraduras), e kirigami (dobraduras com recortes), bancas de comidas típicas como sushi, temaki, yakissoba, tempura, yakitori, yakimanju, gyoza, tofu, abura-ague, entre outros.

Um dos destaques do evento é a apresentação da cantora japonesa Mariko Nakahira, que vem ao Brasil especialmente para o evento. A intérprete, que iniciou sua carreira há 40 anos, tem em seu repertório canções brasileiras como “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim, e “Mas que Nada”, de Jorge Ben Jor. Uma área também foi reservada para exposições de jardim japonês, bonsai, mangá, artesanatos, fotos do Japão, jogos Shogui e Gô, bonecas japonesas.

A entrada para o festival é 1kg de alimento não perecível ou agasalho. A contribuição é espontânea e a arrecadação será doada integralmente à Academia da Brigada Militar, que encaminhará a entidades assistenciais.



/cultura
Texto de: Ângela Bortolotto
Edição de: Andrea Brasil
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.