Após ter tentado por vários anos junto às 
Secretarias da Cultura do Estado e da Capital, sem contudo obter o apoio necessário para a preservação do prédio que já foi sede do 
Grêmio Gaúcho (Gauchinho como é conhecido), localizado no quarteirão formado 
pelas Ruas Dr. Carlos Barbosa, Bispo Laranjeira, Sepé Tiaraju e Av. Niterói, 
busquei em 25 de fevereiro de 2013, garantir sua preservação por Projeto de Lei 
nº 051/13, visando o seu tombamento.
Decorridos os 
prazos normais, com debates nas Comissões Temáticas da Casa, chegou o momento da 
sua votação. Todavia, surpreendentemente recebi informações de que o Governo 
Municipal recomendará aos Vereadores da base governista para votarem contra o 
projeto de tombamento. As justificativas são as mais evasivas possíveis não 
esclarecendo nem convencendo das razões de tal orientação.
Quero lembrá-los 
que o Grêmio Gaúcho, é um projeto e bandeira histórica de João Cezimbra Jacques, 
conhecido como patrono do tradicionalismo gaúcho. Essa bandeira teve início em 
22 de maio de 1898, que meio século depois, deu origem ao MTG (Movimento 
Tradicionalista Gaúcho), liderado por um grupo de alunos do Colégio Júlio de 
Castilhos, de Porto Alegre, em 1947. Conforme site do MTG, esses ilustres alunos 
eram: Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, 
Cilço Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e 
João Carlos Paixão Côrtes, e logo a seguir contou com a participação de Luiz 
Carlos Barbosa Lessa.
Torno público esses 
fatos e o faço antes da votação, como um alerta, para lutarmos na defesa da 
preservação do prédio histórico, porque devido a sua importância tenho a justa 
expectativa de conseguir preservá-lo e dar a ele uma destinação condizente com 
sua importância histórica.
Por solicitação do 
Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Sul, subscrito pela diretoria, 
Dr. Miguel Frederico do Espirito Santo, Dr. Fausto José Leitão Domingues, o Dr. 
Arquiteto Günter Weimer, fez longa pesquisa que justifica de forma inequívoca a 
pretensão do tombamento do prédio, também, pelas questões arquitetônicas, 
culturais e históricas. 
Na exposição de 
motivos do nosso Projeto para o tombamento do prédio, acostamos artigos do 
jornal Correio do Povo, publicados há mais de 116 anos, descrevendo o período de 
inauguração e os motivos que levaram os sócios da época, a fundar a 
Entidade.
Nas pesquisas que 
fizemos foi possível encontrar dois Estatutos, ambos muito antigos, onde dispõe 
das proposições e fins, assim como, do destino quando da sua extinção, qual 
seja, o de servir a um Museu do Gaúcho, ver Estatuto de 1927, artigo 54. 
É a preservação da nossa história que nos move em busca da aprovação do Projeto que tomba o Grêmio Gaúcho.
Aos que forem 
favoráveis a nossa proposta, peço que divulguem nas redes sociais e na imprensa 
de modo geral, antes que seja tarde demais.
Bernardino Vendruscolo
 
 
 
