Grupo lança nesta quinta-feira o projeto Voto como Vamos que promete interação e debate
Eduardo Nunes
A partir desta quinta-feira, os eleitores de Porto Alegre ganham um novo espaço para conhecer e discutir as propostas dos candidatos das eleições municipais. Com lançamento previsto para às 20h, no Shopping Total, a plataforma virtual Voto Como Vamos oferecerá um canal direto de interação entre quem se candidata e quem vota.
Iniciativa do movimento POA Como Vamos, grupo formado no fim de 2011 para pensar propostas voltadas para a educação política na Capital, o Voto Como Vamos se caracteriza pelo processo colaborativo — qualquer cidadão pode propor ideias — e pelo uso intensivo das redes sociais.
Esse viés foi demonstrado desde a concepção da plataforma, quando o grupo lançou uma campanha de arrecadação de fundos na internet, um processo conhecido como crowdfounding. Em menos de um mês, 257 doadores anônimos contribuíram, e o grupo arrecadou R$ 15,6 mil, superando a meta mínima de R$ 12,5 mil e permitindo a implementação de uma versão básica do projeto.
Após meses de trabalho voluntário de designers, programadores e planejadores, o Voto Como Vamos está pronto para ser abastecido com as propostas dos candidatos e com o retorno dos internautas. A comunicóloga Amaralina Xavier, do POA Como Vamos, explica que cada concorrente será responsável por administrar o seu perfil na plataforma, o que inclui apresentar as propostas e responder às manifestações dos eleitores.
— Na TV, o tempo influencia muito e não tem como sabermos como são as propostas. No Voto Como Vamos, todos terão espaço igual. Queremos apresentar a campanha no plano dos argumentos — diz ela.
O movimento entrou em contato com os partidos para divulgar o espaço e oferecer a cada chapa um perfil na plataforma. Segundo a mestranda em Administração Carolina Dalla Chiesa, o grupo ainda não conseguiu contatar com todos os concorrentes, mas a expectativa é de que isso aconteça assim que o site entrar em operação.
A iniciativa abrangerá as candidaturas da Capital, mas o POA Como Vamos reitera que o sistema, programado em código aberto, pode ser reproduzido por grupos interessados em difundir a experiência em outras cidades.
Uso da internet pelos políticos ainda engatinha no Brasil
Iniciativas semelhantes ao Voto Como Vamos manifestam o interesse crescente em adaptar as campanhas às características próprias da internet. A pesquisadora Raquel Recuero, da UCPel, afirma que a política ainda engatinha no mundo digital, principalmente da parte dos partidos:
— Tem-se visto uma tentativa de participação, mas é incipiente. Os candidatos ainda não sabem muito bem como fazer.
Para Raquel, as iniciativas mais eficazes e os debates mais produtivos costumam partir dos próprios internautas e não dos agentes políticos. Ela saúda o recente surgimento de aplicativos e plataformas colaborativas de acompanhamento da política em diversos pontos do Brasil. Um desses projetos conta com a participação da própria Raquel: é o Monitor das Eleições (www.monitordaseleicoes.org), que mapeia a repercussão dos candidatos à prefeitura de Pelotas nas redes sociais.
O promotor eleitoral Rodrigo Zilio lembra que quem pretende fazer campanha na internet precisa estar atento à legislação eleitoral, que proíbe, por exemplo, a contratação de anúncios e a exibição em páginas de pessoas jurídicas.
— Se um site possibilitar o acesso de todos os candidatos, se não restringir participação, se houver uma isonomia de oportunidades entre todos, não há vedação — diz ele.
CONHEÇA O VOTO COMO VAMOS
Como acessar:
— Acesse www.votocomovamos.com.br
— É possível consultar as propostas por tema, por partido e por candidato
— Para interagir, é preciso se registrar com o perfil do Facebook
Lançamento do projeto:
— O que: apresentação da plataforma Voto Como Vamos
— Quando: nesta quinta-feira, a partir das 20h
— Onde: 5º andar do prédio 2 do Shopping Total (Av. Cristóvão Colombo, 545)
Iniciativa do movimento POA Como Vamos, grupo formado no fim de 2011 para pensar propostas voltadas para a educação política na Capital, o Voto Como Vamos se caracteriza pelo processo colaborativo — qualquer cidadão pode propor ideias — e pelo uso intensivo das redes sociais.
Esse viés foi demonstrado desde a concepção da plataforma, quando o grupo lançou uma campanha de arrecadação de fundos na internet, um processo conhecido como crowdfounding. Em menos de um mês, 257 doadores anônimos contribuíram, e o grupo arrecadou R$ 15,6 mil, superando a meta mínima de R$ 12,5 mil e permitindo a implementação de uma versão básica do projeto.
Após meses de trabalho voluntário de designers, programadores e planejadores, o Voto Como Vamos está pronto para ser abastecido com as propostas dos candidatos e com o retorno dos internautas. A comunicóloga Amaralina Xavier, do POA Como Vamos, explica que cada concorrente será responsável por administrar o seu perfil na plataforma, o que inclui apresentar as propostas e responder às manifestações dos eleitores.
— Na TV, o tempo influencia muito e não tem como sabermos como são as propostas. No Voto Como Vamos, todos terão espaço igual. Queremos apresentar a campanha no plano dos argumentos — diz ela.
O movimento entrou em contato com os partidos para divulgar o espaço e oferecer a cada chapa um perfil na plataforma. Segundo a mestranda em Administração Carolina Dalla Chiesa, o grupo ainda não conseguiu contatar com todos os concorrentes, mas a expectativa é de que isso aconteça assim que o site entrar em operação.
A iniciativa abrangerá as candidaturas da Capital, mas o POA Como Vamos reitera que o sistema, programado em código aberto, pode ser reproduzido por grupos interessados em difundir a experiência em outras cidades.
Uso da internet pelos políticos ainda engatinha no Brasil
Iniciativas semelhantes ao Voto Como Vamos manifestam o interesse crescente em adaptar as campanhas às características próprias da internet. A pesquisadora Raquel Recuero, da UCPel, afirma que a política ainda engatinha no mundo digital, principalmente da parte dos partidos:
— Tem-se visto uma tentativa de participação, mas é incipiente. Os candidatos ainda não sabem muito bem como fazer.
Para Raquel, as iniciativas mais eficazes e os debates mais produtivos costumam partir dos próprios internautas e não dos agentes políticos. Ela saúda o recente surgimento de aplicativos e plataformas colaborativas de acompanhamento da política em diversos pontos do Brasil. Um desses projetos conta com a participação da própria Raquel: é o Monitor das Eleições (www.monitordaseleicoes.org), que mapeia a repercussão dos candidatos à prefeitura de Pelotas nas redes sociais.
O promotor eleitoral Rodrigo Zilio lembra que quem pretende fazer campanha na internet precisa estar atento à legislação eleitoral, que proíbe, por exemplo, a contratação de anúncios e a exibição em páginas de pessoas jurídicas.
— Se um site possibilitar o acesso de todos os candidatos, se não restringir participação, se houver uma isonomia de oportunidades entre todos, não há vedação — diz ele.
CONHEÇA O VOTO COMO VAMOS
Como acessar:
— Acesse www.votocomovamos.com.br
— É possível consultar as propostas por tema, por partido e por candidato
— Para interagir, é preciso se registrar com o perfil do Facebook
Lançamento do projeto:
— O que: apresentação da plataforma Voto Como Vamos
— Quando: nesta quinta-feira, a partir das 20h
— Onde: 5º andar do prédio 2 do Shopping Total (Av. Cristóvão Colombo, 545)
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