CONVITE para Espetáculo de Teatro na Casa do Artista Rigrandense do POA EM CENA
Olá amigos da cultura gostaria de convidar vocês para assistir espetáculo de teatro de rua dentro do 19º Porto Alegre em Cena que acontecerá no pátio da CAR.
Olá amigos da cultura gostaria de convidar vocês para assistir espetáculo de teatro de rua dentro do 19º Porto Alegre em Cena que acontecerá no pátio da CAR.
O Espetáculo acontece dia 21 de setembro às 18h na Rua Anchieta, 280 – Bairro Glória. ENTRADA FRANCA
Teatro Popular União e Olho Vivo (TUOV) – Um dos grupos de teatro de rua mais importantes do Brasil.
Saiba mais abaixo.
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Em um discurso violento e gongórico Adolf Hitler afirma:
"será mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil enviar soldados para lutar na Europa."
Saiba mais abaixo:
"A Cobra Vai Fumar"
O texto "A Cobra Vai Fumar" obedeceu ao trabalho coletivo de dramaturgia expresso no método de criação do TUOV, e aplicado em espetáculos anteriores.
Inúmeros personagens realmente existiram e alguns episódios, de fato aconteceram mas, mais de setenta por cento da peça foi fruto das sugestões de todo o grupo, nas suas Fichas Dramáticas e no Roteiro Geral onde afloraram a vivência dos pracinhas da FEB – Força Expedicionária Brasileira, durante o período de sua permanência nos campos de batalha da Itália, na segunda grande guerra mundial.
Os personagens, as cenas e os conflitos periféricos e o principal nasceram da pesquisa extenuante que durou três anos, em livros, jornais da época e em entrevistas de ex-combatentes. As figuras do cachorro Boy; do Tenente York do exército americano, bem como do Cabo Oto Muller são reais e suas estórias deram grandes subsídios para o perpassar dos personagens no desdobrar da trama.
Cenas como as dos programas radiofônicos; o episódio da galinha "assassinada" e a participação dos veteranos (ex-combatentes) aconteceram de fato e são mostrados quase como ocorreram na vida real.
O título "A Cobra Vai Fumar – Uma estória da FEB" surgiu da somatória das múltiplas versões que tentam mostrar o porque do slogan "a cobra vai fumar" e do logotipo que mostra uma serpente fumando um cachimbo do tipo do usado por um Saci.
Uma dessas versões merece registro como estória contada por artistas populares.
Ela apresenta, num típico cordel, um discurso violento e gongórico, em que Adolf Hitler afirma "que será mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil enviar soldados para lutar na Europa."
Algumas figuras do texto receberam seus nomes numa citação em homenagem as suas atividades como cidadãos.
As enfermeiras, por exemplo, foram "batizadas" como Anita, Olga e Carmem rememorando as trajetórias de Anita Garibaldi, Olga Prestes e Carmem Miranda.
As Vivanderiras foram chamadas de Gina, Sofia e Ana lembrando as carreiras de Gina Lolobrigida, Sofia Lorem e Ana Megnani.
Os pracinhas João, José, Severino e Chico tiveram seus nomes sacados de um levantamento, extra oficial, dos nomes mais presentes nos registros dos participantes da Força Expedicionária Brasileira.
-- O TUOV tem plena e total convicção de que "A Cobra Vai Fumar" vai auxiliar o resgate desse episódio contraditório que a cada dia que passa é jogado pela História Oficial, para debaixo do tapete.
Como um país subjugado pela ditadura violenta de Getúlio Vargas, batizada, ironicamente, de "Estado Novo", envia seus filhos para morrerem pelejando pela liberdade?
Para o bom entendimento do método de Trabalho Coletivo de Dramaturgia do TUOV recomenda-se a leitura do livro "Em Busca de um Teatro Popular" e a coleção das obras completas do TUOV publicada pela Secretaria de Cultura do Município de Guarulhos, estado de São Paulo, e lançada nas comemorações dos 40 anos de resistência do Teatro Popular União e Olho Vivo.
A verdade histórica deve prevalecer para que as gerações futuras possam, conhecendo nossos erros e acertos, caminhar na busca de uma pátria livre e igualitária.
Esta obra é dedicada a todos aqueles que, como o professor de teatro Clóvis Garcia, se apresentaram, voluntariamente, para lutar contra os governos totalitários de ontem e hoje para que eles não se mais vigorem.
A ação se desenrola, em torno da vivencia de cinco pracinhas, um deles gaúcho, durante o tempo que durou a campanha da FEB na Itália (1944/45).
Viva o Teatro de rua!
Viva o Teatro Popular!