Pelotas, na Região Sul, possui vários prédios tombados como Patrimônio Histórico Federal, mas apenas um Estadual. Esse cenário, porém, mudou a partir desta sexta-feira (20). No final da manhã, o secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, e o diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Eduardo Hann, assinaram, no município, o livro tombo de mais três edificações: o Instituto Simões Lopes Neto, o Castelo Simões Lopes e a Catedral São Francisco de Paula.
Assis Brasil destacou a importância da cidade para a cultura e a história do Rio Grande do Sul. “Pelotas é um ponto de referência, foi um condensador cultural da mais alta influência, possuiu a melhor vida cultural do sul do País e não desmerece o passado. A cidade soube conservar seu valor simbólico. Estamos fazendo a nossa parte, mas a ação do Estado precisa da atuação da comunidade para preservar e manter este patrimônio”, afirmou.
Responsável pela abertura do processo de tombamento da catedral, a secretária geral de Governo, Miriam Marroni, também participou do evento. “Como pelotense, agradeço à Secretaria de Estado da Cultura por reconhecer o valor de Pelotas, sua história e seu patrimônio. Os três bens, agora patrimônios, receberem habilitação para buscar os financiamentos necessários para restauração e manutenção”, destacou.
O prefeito de Pelotas, Adolfo Fetter Junior, disse que a Catedral é o marco zero da cidade e entregou a Assis Brasil o livro comemorativo aos 200 anos do município.
Novos tombamentos
O secretário Assis Brasil anunciou a abertura de mais quatro processos de tombamento em Pelotas: a segunda casa de João Simões Lopes Neto, dois casarões da UFPEL e do Clube Negro Fica Ahi P`ra ir dizendo. A comunidade cultural pelotense, que lotou o auditório do Instituto João Simões Lopes Neto, aplaudiu entusiasmada quando o secretário comunicou o início dos estudos para o tombamento de todas as sedes do Banco Pelotense espalhadas pelo Estado.
Também participaram do evento a secretária de Cultura de Pelotas, Annie Fernandez, a representante da família de Simões Lopes Neto, Sueli Simões Lopes, o presidente do Instituto Simões Lopes Neto, Antonio Mazza Leite, e o padre Luiz Boari, pároco da Catedral São Francisco de Paula (Catedral Metropolitana de Pelotas), além de demais representantes da comunidade do município.
Texto: Asscom Sedac