FAÇO MINHAS AS PALAVRAS MUITO BEM ESCRITAS DO LÉO RIBEIRO;
VIA: Blog do Léo Ribeiro
Muitos leitores nos questionam porque, mesmo tendo em vista a proximidade das eleições de outubro, nosso blog, em dois anos e meio de existência e 2.836 mil postagens nunca tocou no assunto política partidária.
Aproveitando a vasa, respondemos que a política está intrínseca em nosso ser, em nosso dia-a-dia, e ninguém vive em um mundo alheio à política. É o tal ditado: ruim com ela, pior sem ela. A política andeja junto de nós. No momento que conversamos com alguém, em nosso rancho, no trabalho, enfim, está no ar. Contudo, a politica atual anda tão sem ideal, sem identidade, que causa náuseas tal assunto. Poucos, para não dizer ninguém, pensam no coletivo. O individual vale mais. Não importa se, para alcançar seu objetivo final e particular, as pessoas tenham que lamber os pés de quem, há bem pouco tempo, chamavam de ladrões, de corruptos.
Gostaria de saber se isto (dobrar a espinha) vem de longe. Se, por exemplo, no tempo da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul onde Borges de Medeiros, afilhado político de Júlio de Castilhos, para manter-se no poder como governador da província fazia até morto votar, algum partido se envergava diante do outro. Tenho certeza que não. Tanto é assim que chimangos e maragatos pegaram em armas por seus ideais. Hoje, não temos partidos inteiramente íntegros, pois as acusações atingem à todos. Os larápios, os graxains, os mão-peladas, os tiriricas, os batedores de carteira, campeiam soltos por TODAS as siglas. Mas, hay que se dizer, também, que em todas elas, ainda resta muita gente boa.
Em 2004 fui candidato a vice-prefeito de São Francisco de Paula e vi bem de perto como funciona a política que, em cidades menores, ainda são mais vigiadas e carregam um resquício bem maior de paixão.
E o pior de tudo é que, quando alguém tenta fazer um governo honesto, sem roubalheira, mensalões, propinas, fraudes, é taxado de burro, pois nem para locupletar-se ele presta.
Imaginem vocês se o presidente do Brasil chegasse no Palácio do Planalto num fusca, como faz o Presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica (foto abaixo)? Seria deposto por nada entender de "improbidade administrativa"!
Senhores políticos. Leiam o texto abaixo, façam mais por nossa terra e tentem mirar seus benefícios naqueles que mais precisam e não em si mesmos e talvez, depois de mais 2.836 mil postagens, voltemos a falar novamente de política.
O presidente do Uruguai, José Mujica, desce de seu Fusca, que vale mil dólares
Todos os dias ele embarca no seu Fusquinha azul de estimação, de 1.300 cilindradas (foto), e toma o rumo de seu pequeno sítio Rincón del Cerro, nos arredores de Montevidéu, onde vive com a mulher, senadora da República – que é a proprietária da área. A casa é discretamente vigiada por dois seguranças.
No fim do mês, quando recebe o salário de 12,5 mil dólares como presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica separa 1,25 mil [para si] e doa o restante, cerca de 90%, a pequenas empresas e Organizações Não-Governamentais que trabalham com habitações populares.
– Este dinheiro me basta, e tem que bastar porque há outros uruguaios que vivem com menos – costuma repetir este uruguaio de maneiras simples, 77 anos, que, em reportagem do jornal espanhol El Mundo, foi chamado de “o presidente mais pobre do mundo”.
Além de sua casa no pequeno sítio, seu único patrimômio é o Fusca avaliado em pouco mais de mil dólares
