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4 de setembro de 2012

Desafio dos candidatos é preparar a Capital para a Copa


Próximo prefeito deve receber uma Porto Alegre com 10 megaprojetos de mobilidade urbana para serem concluídos até 2014


O vencedor das próximas eleições receberá uma Porto Alegre em obras para a Copa de 2014.
Mas, além da responsabilidade de organizar o trânsito com escavadeiras e operários nas principais vias da cidade, o próximo prefeito terá de cumprir um calendário apertado: sete das 17 obras de mobilidade urbana previstas para o Mundial ainda estão por começar.
Com recursos de R$ 866 milhões vindos de empréstimos da Caixa Econômica Federal, os projetos para desafogar o trânsito da Capital incluem a melhoria dos corredores de ônibus para a implantação de sistemas BRT como os de Curitiba, novos viadutos na Terceira Perimetral e o alargamento de avenidas como a Tronco e a Beira-Rio. Melhorias, em alguns casos, planejadas há 50 anos — caso da Voluntários da Pátria —, mas que custaram a sair do papel após definidas, em 2010, pela demora na confecção dos projetos básicos e do andamento de trâmites burocráticos. Em julho, o governo federal autorizou novo ajuste nos cronogramas — agora, Porto Alegre tem prazo até maio de 2014 para deixar tudo pronto.
Obras se dividem em
42 licitações diferentes
Os 10 projetos de mobilidade urbana da Capital dividem-se em 42 licitações — 20 delas, concluídas. Contestações judiciais de quem perde as concorrências são usuais — isso causou atraso no início de um viaduto na Julio de Castilhos. Além de fiscalizar o trabalho de construtoras, o próximo prefeito terá de lidar com o realojamento de 1,45 mil famílias da Avenida Tronco cujas casas serão desapropriadas para duplicar a via.
Sem falar na capacitação do funcionalismo para atender aos turistas e a reorganização completa dos consórcios de ônibus que atendem a Capital, exigência para implantar um sistema eficiente de BRTs. Uma tarefa nada fácil a do próximo prefeito.
O senhor vai concluir as obras de mobilidade urbana até o início da Copa de 2014? Como?

Adão Villaverde (PT)

"Porto Alegre é considerada uma das cidades com as obras mais atrasadas e revelou inconsistências nos projetos, o que fez com que algumas fossem reajustadas. Tenho, sim, o compromisso de entregar as obras no prazo. Vou fazer um planejamento emergencial durante a transição, visitar canteiro por canteiro, e readequar o cronograma das obras, sem que para isso percamos um fator importante: a segurança dos trabalhadores. Com planejamento, as obras têm de ser aceleradas."
Érico Corrêa (PSTU)

"Os recursos públicos têm de ser usados para atender a necessidades do povo: saúde, escolas infantis, transporte público, saneamento. Em vez de tirar dinheiro público da prefeitura para entregar às empreiteiras, vamos usar os recursos para a comunidade. A cidade não pode ser arrumada apenas para os turistas: é preciso investir para quem vive aqui. Não é possível fazermos avenidas bonitas e termos crianças brincando no esgoto a céu aberto."
Jocelin Azambuja (PSL)

"Cumpriremos todos os compromissos assumidos antes do mandato, apesar de sermos contrários ao gasto de dinheiro público na Copa. Dificilmente qualquer prefeito vai conseguir concluir as obras a tempo do evento, porque há uma série de problemas a resolver. As obras certamente vão ficar prontas em cima do laço. Seria irresponsável prometer que vamos acelerá-las sem conhecer os detalhes de cada um dos projetos, mas não vamos aceitar aumentos de última hora."
José Fortunati (PDT)

"Vamos concluir todas as obras até a Copa, sem dúvida. Em 2013, também começaremos a melhorar o mobiliário urbano — placas, paradas de ônibus e equipamentos públicos —, para dar um banho de loja na cidade. Estamos qualificando servidores municipais para receber os turistas, e ainda este ano vamos inaugurar um centro de controle para coordenar as imagens captadas pelas câmeras da EPTC, da Guarda Municipal e as que instalaremos nas escolas."
Manuela D'Ávila (PC do B)

"Vamos terminar tudo a tempo organizando, na Secretaria da Copa (Secopa), uma força concentrada nas obras. A prioridade da Secopa vai ser coordenar os esforços para os projetos definidos para a Copa, e não terá o papel político que tem hoje. Vamos terminar as obras antes do Mundial mesmo que, para isso, seja preciso trabalhar em três turnos. Como muitas ficaram para a última hora, a EPTC terá de fazer um grande plano de rotas alternativas para que o trânsito não vire um caos."
Roberto Robaina (PSOL)

"Criticamos a opção pelas obras: a prefeitura se endividou em uma área que não é prioritária. Mas nossa obrigação é cumprir, até porque as obras são importantes. Vamos estudar se é possível acelerá-las sem aceitar novos preços. Teremos medidas para preparar a cidade, como qualificar taxistas com a língua inglesa, que já deveriam estar sendo feitas. Queremos retomar eventos como o Fórum Social Mundial, que colocou Porto Alegre no mapa múndi."

Wambert Di Lorenzo (PSDB)

"A Copa é um grande cavalo encilhado, temos de aproveitar. Vamos cumprir o dever do município e concluir todas as obras planejadas. Mas também vamos denunciar as omissões dos outros entes federativos e esclarecer os motivos da demora. Há espaço para melhorar a gestão dos projetos. Quando a administração atual prometeu que Porto Alegre se transformaria em um canteiro de obras em 2013, isso não era promessa, mas uma ameaça: nossa vida vai virar um inferno pela falta de planejamento."