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OBSERVATÓRIO DA CULTURA DE PORTO ALEGRE
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Remanescente do prédio, na Rua Sergipe 220, tombado
em 1997 pelo Município |
Há cem anos, no
dia 2 de agosto de 1914, o jornal Correio do Povo noticiava a inauguração da
fábrica de discos "Gaúcho" para gramofones, onde hoje é o Bairro Teresópolis,
então um arrabalde.
Era a segunda do gênero no país. Na ocasião, foi
feita uma demonstração do funcionamento da fábrica aos presentes, com a gravação
de vários discos, "com discursos pronunciados por um dos presentes e com números
de música executados por um quinteto da Brigada Militar". Pertencente aos irmãos
italianos Savério e Emílio Leonetti, era um desdobramento da "Casa A Electrica",
estabelecimento aberto anos antes, na Rua dos Andradas, onde comercializavam,
entre outras coisas, produtos de tecnologia de ponta (à época): lâmpadas
elétricas e gramofones. E logo, discos, primeiro importados, depois gravados e
fabricados aqui mesmo, com participação de músicos não apenas locais, mas até de
Montevidéu e Buenos Aires. A empresa faliu em 1923.
(
Créditos ao
Dirceu Chirivino, que reproduz a matéria no Correio de hoje, em sua coluna "Há
um século", p.19; e ao Arthur de Faria, que conta esta história com detalhes em
sua série A Música de Porto Alegre
, começando por aqui.)