Na próxima quinta-feira (24), o Museu 
Antropológico do Rio Grande do Sul inaugura a exposição “Cruzando Territórios 
Negros”. Composta por objetos de religiões afrobrasileiras, fotos, documentos e 
laudos técnicos antropológicos, a mostra acontecerá até o final de janeiro do 
ano que vem na Sala Múltiplos Usos (2º andar) do Memorial do Rio Grande do Sul. 
As visitações podem ser feitas de terças à sábados, das 10h às 18h, e domingo, 
das 13h às 17h.
Cruzando Territórios Negros é a releitura de um 
projeto de 1995 do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul, que integrou os 
eventos “Zumbi, 300 anos” promovido pela Secretaria de Estado da Cultura. A 
ideia agora é compreender e mostrar as mudanças ocorridas nesses 21 anos, 
readequando o olhar especialmente no que diz respeito às promoções de políticas 
públicas, cidadania e direitos dos brasileiros afrodescendentes.
Vale lembrar que, naquele ano, aconteciam as 
primeiras pesquisas para identificar comunidades negras que se enquadrassem no 
artigo 68 das Disposições Transitórias da então recente Constituição Federal de 
1988. O objetivo era criar dispositivos em discussão no Congresso Nacional sobre 
os direitos às terras quilombolas.
A pesquisa conta com o trabalho e colaboração de 
pesquisadores antropólogos convidados (Joasiane Abrunhosa da Silva, Jaqueline 
Pólvora, Iosvalvyr Bittencourt e Rodrigo Venzón), bem como a historiógrafa Neiva 
de Abreu Fernandes, antropólogos do MARS (Miriam Chagas, Walmir Pereira e Maria 
Helena Sant’ana), o Núcleo de Estudo de Identidades e Relações Interétnicas 
(NUER) da UFSC e da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). A atual montagem 
tem como apoiadores o Memorial do Rio Grande do Sul, o Museu Antropológico do 
Rio Grande do Sul e a CMPC Celulose Riograndense.
 
 
 
