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9 de julho de 2012

Frankfurt preserva o ar de cidade grande e se destaca por pólo cultural e artístico

LÁ ELES  VALORIZAM A CULTURA;
GUIMARÃES


Bombardeada na 2 ª Guerra Mundial, a cidade teve parte reconstruída e hoje é cheia de contrastes

Frankfurt preserva o ar de cidade grande e se destaca por pólo cultural e artístico André Feltes/Agencia RBS
No centro antigo, algumas construções foram reconstruídas de acordo com a arquitetura clássica Foto: André Feltes / Agencia RBS
As primeiras informações que se tem sobre Frankfurt é que ela é a capital financeira do continente europeu. O título foi conquistado por causa das mais de 300 instituições bancárias espalhadas nos enormes arranha-céus que tomaram conta da cidade.
Mas nem precisa uma caminhada muito longa pelo local para descobrir que Frankfurt tem outras características que todo o turista procura encontrar em um país distante: um fervilhante pólo cultural e artístico, povo miscigenado e amigável, arquitetura eclética ( da clássica à moderna) e, de quebra, uma cidade limpa, organizada e segura.
É assim Frankfurt am Main, ou, como também é conhecida, Frankfurt. O nome foi uma homenagem ao rio de mesmo nome que corta a cidade. Sua população gosta de identificá-la como a menor metrópole do mundo, mas a cidade preserva os seus ares de cidade grande, com prédios modernos e de arquitetura arrojada. As construções mais luxuosas têm fachada em vidro. Algumas são pontiagudas, outras arredondadas, com ou sem antena. São cerca de cem ao todo. O maior deles é o do Commerzbank, com cerca de 300 metros de altura.
Por essas construções suntuosas, Frankfurt passou também a ser carinhosamente conhecida como Manhatan, por lembrar o perfil nova-iorquino. Digamos que a parte moderna da cidade começou a ser erguida no pós-guerra, já que a cidade foi bastante bombardeada e destruída durante a 2 ª Guerra Mundial. No centro antigo, algumas poucas construções foram preservadas e outras reconstruídas com a arquitetura clássica. Esse contraste entre o novo e o antigo é outro ponto alto da cidade e um detalhe que a deixa ainda mais bela. É possível perceber isso em uma caminhada mais atenta do centro da cidade até a Frankfurt Velha, quando as ruas passam a ser mais estreitas e algumas delas são reservadas apenas para a passagem de pedestres.
De cidade grande, Frankfurt também se assemelha pelo cosmopolitismo de seu povo. Sua população é de 630 mil habitantes, sendo 40% deles de estrangeiros. São pessoas que vêm das mais variadas partes do mundo para trabalhar ( principalmente nas instituições bancárias), estudar ou turistar por um tempo. Por isso, não estranhe ouvir os mais variados idiomas em uma mesa de bar, pelas ruas ou em qualquer parte de Frankfurt. Vez por outra, rola até um português ( sim, os brasileiros estão por toda parte).
De bicicleta
Uma forma diferente de conhecer Frankfurt é alugar uma das bicicletas da estação de trem Deutsche Bahn. Elas ficam espalhadas por vários pontos da cidade. É possível utilizála por 24 horas. Depois, é só deixar a bike em alguma estação.
Belas fotos e suvenires


Casa de Goethe recebe milhares de visitantes por ano

Foto: Divulgação Frankfurt


O filho mais ilustre de Frankfurt é o escritor Johann Goethe. Foi inspirado nos ares da cidade que ele escreveu algumas de suas importantes obras como Os Sofrimentos do Jovem Werther. Quem quiser conhecer um pouco mais sobre a vida e obra do autor, não pode deixar de visitar a casa onde ele nasceu. O local virou um dos principais pontos turísticos de Frankfurt e atrai mais de 130 mil visitantes por ano.
A construção do século 17 foi destruída pelas bombas durante a 2 ª Grande Guerra, mas reconstruída nos mesmos moldes de quando ela sediou a casa de Goethe. Nas instalações, é possível conferir objetos utilizados por ele, como os móveis de cozinha e os da sala de estudo.
Próximo à casa de Goethe, o turista deve seguir rumo a Römer Platz. Na nossa língua, significa Praça dos Romanos, nome dado ao povo que fundou a cidade em 3 d.C.O que se vê hoje é uma reprodução do local à época dos seus primeiros habitantes, como a maior parte das construções do centro velho, já que a cidade foi quase completamente bombardeada durante a guerra.
Hoje, no centro da praça, foi erguida a Fonte da Justiça. Era lá onde os imperadores faziam as comemorações após serem empossados. ecentemente, ela foi retirada para conservação, mas, em breve, voltará ao lugar de origem. Ainda na Römer Platz, há o prédio onde funcionava a prefeitura local, cercada de inúmeras lojinhas de suvenires.
Um pouco mais à frente, o visitante pode conhecer o Rio Main (ou Meno). Na secular Eiserner Steg (Ponte de Ferro), é possível fazer belas fotos com uma vista ampla e especial da cidade. No local, há algumas empresas que fazem passeios de barco. São vários tipos de roteiros, com durações distintas. Alguns podem passar até pelas cidades vizinhas. É possível fazer um bom trajeto pagando entre 10 e 20 euros.
De um lado e de outro do Main foi surgindo uma grande variedade de museus. São mais de 10, enfileirados, como um " fio de pérola" como os seus habitantes gostam de definir. A cidade sedia também outros 50 museus e galerias de exposição para os mais variados estilos: de quem curte artes plásticas e cinema até ciência natural. Ainda no centro de Frankfurt, há várias ruas de comércio, a principal delas é a Zeil. Todo turista não deixa de passar na Kaufhof (Telhado de Compras). Há quem a defina como as Lojas Americanas da Alemanha. Mas pelos vários andares dela, é possível conferir, além de objetos com preços populares, produtos de grife famosas.
Também vale visitar a Antiga Ópera, um edifício de arquitetura de 1873 e que foi reconstruído em 1976. Hoje também é ponto de encontro de turistas e da população local. No seu interior, há um café onde é possível passar um fim de tarde ou uma noite em grande estilo.
ZERO HORA