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3 de julho de 2012

Inter reafirma compromisso com carnavalescos e cobra contrapartidas

Foto: Leonardo Contursi
Vereadores Garcia (e), Tarciso e Sofia, e Giaretta, ouvem Bolognesi (d)

Foto: Leonardo Contursi
Guimarães (d), Amorim, Pedro e Leal (d) manifestaram suas preocupações

Comissões


Em todo o Brasil, as obras para a Copa 2014, de infraestrutura nas cidades-sede ou nos estádios, estão sendo feitas com dinheiro público. Já no Beira-Rio, do Sport Club Internacional, a reforma vem sendo bancada exclusivamente com dinheiro próprio. Ao lembrar esta situação, Ronaldo Bolognesi, da comissão de obras do clube, disse ser necessário que Porto Alegre e o Rio Grande do Sul reconheçam isso, fazendo justiça ao esforço do Inter. “Mantemos nosso compromisso com as entidades carnavalescas, mas precisamos conhecer as contrapartidas do Executivo”, afirmou Bolognesi em reunião da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude (Cece) da Câmara Municipal da Capital na manhã desta terça-feira (3/7).
Bolognesi e dirigentes de agremiações carnavalescas com sedes nas proximidades do Beira-Rio estiveram na Câmara, em nova reunião da Cece, para a definição do cronograma de obras no entorno do estádio. Além da reforma do Beira-Rio, o Inter assumiu a construção de novos pavilhões para os carnavalescos, na reurbanização da área. “Mantemos nosso compromisso. Não há mudanças nisso, apenas aguardamos providências necessárias na liberação do terreno”, destacou. O terreno citado, ocupado atualmente pelo lava-carros Guanabara, está envolvido em questões judiciais que deverão ser definidas no dia 19 de julho, conforme informou José Mocellin, da Secretaria Especial da Copa (Secopa).
Compromissos
No terreno do lava-carros e no local onde está instalada a Escola Imperadores do Samba, deverão ser construídos pavilhões para esta escola, a Banda da Saldanha, a Academia de Samba Praiana e a Banda Itinerante. A obra, como salientou Bolognesi, levará em torno de seis meses. Por isso, a transferência dos carnavalescos não deverá ocorrer neste ano, devido à programação já estabelecida pelas escolas até dezembro, bem como pela preparação para o carnaval de 2013. Os pavilhões serão edificados de forma progressiva, após ser desocupado o terreno do Guanabara: primeiro serão feitos dois pavilhões e depois mais dois na área ocupada pela Imperadores. “Não vamos prejudicar as atividades das escolas”, salientou Bolognesi.
Keller Dorneles Clos, assesssor da presidência do Inter, ao também garantir não haver confronto entre o clube e as escolas, reafirmou o fato de que, pela premência de tempo, antes do próximo carnaval será inviável a transferência dos carnavalescos. Lembrou ainda que o clube já dispôs R$ 40 milhões nas obras do estádio sem ter recebido contrapartidas. “Assumimos a realização da Copa em Porto Alegre, somos o único clube do Brasil que dispôs de seu próprio patrimônio para isso, e estamos honrando nossos compromissos”, disse. “Mas há também compromissos do Executivo que precisam ser honrados. Precisamos saber as contrapartidas do Município e do Estado. Só o Inter está fazendo um esforço que beneficia todos”, completou.
Carnavalescos
Mesmo com as declarações dos representantes do Internacional, Victor Hugo Amaro, presidente da Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, disse persistirem as preocupações. “Ainda estamos sem conhecer o projeto”, lembrou.  “E já há obras na frente das quadras, que poderão ficar sem acesso. Isso só aumenta nossas angústias.”

Paulo Roberto Guimarães, do Conselho Municipal de Cultura, solicitou que todas as partes sejam sensíveis a uma solução: “Sem prejudicar a cultura e com respeito aos desejos dos carnavalescos”. Da Banda do Saldanha, Diogo Pedro disse ficar tranquilo ao ouvir a palavra oficial do Inter. “É preciso dar tempo e crédito, está tudo complicado”, citou, ao se referir também à recente interdição do Beira-Rio.
O vereador Professor Garcia (PMDB), presidente da Cece, sugeriu que representantes dos carnavalescos e do Inter, juntamente com vereadores, façam visita à Justiça, para explicar ao responsável pelo julgamento do processo a necessidade de urgência na solução desta questão. Garcia se comprometeu a procurar o prefeito José Fortunati para solicitar maior clareza na condução das tratativas que envolvem o Inter e a as escolas de samba. O vereador também deverá reclamar ao prefeito da falta de informações e de sintonia nas ações. Já o vereador DJ Cássia (PTB) voltou a sugerir a criação de Grupo de Trabalho (GT) para acompanhar o processo de obras que envolvem o Internacional e os carnavalescos.
Também participaram da reunião os vereadores Sofia Cavedon (PT) e Tarciso Flecha Negra (PSD). Igualmente estiveram presentes Miro Leal, da Academia de Samba Praiana; Joaquim Lucena, da Secretaria Municipal de Cultura; e Hélio Giaretta, do Sport Club Internacional.
Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)

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