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12 de julho de 2012

O porto de Porto Alegre: um símbolo de modernidade



Mais uma fonte documental se agrega às estantes do acervo bibliográfico do Arquivo Histórico: a dissertação de mestrado em Planejamento Urbano e Regional,de Augusto Alves, intitulada A construção do porto de Porto Alegre:1895-1930 modernidade urbanística como suporte de um projeto de Estado.


Trata-se de um estudo complexo,que aborda a construção do porto como uma síntese histórica do imaginário da modernização e do progresso do Rio Grande do Sul e, em especial, de Porto Alegre,no início do século vinte. Esta era a visão das administrações positivistas, responsáveis pelos projetos de urbanização deste período.







Além de ser símbolo da visão positivista de progresso, a construção do porto de Porto Alegre teve razões econômicas(viabilizando o comércio exterior e integrando o Rio Grande do Sul ao circuito comercial brasileiro),higiênicas e estéticas (saneamento e embelezamento da Cidade)É deste período(1914) o Plano de Melhoramentos do Intendente José Montaury que projetava o Cais como “um grande equipamento unitário,racionalmente projetado por técnicos especializados e engenheiros competentes”.Esta obra se inseria na tendência de realizar intervenções urbanas nas margens(no Rio de Janeiro e em Porto Alegre),construindo portos,modernizando as cidades e promovendo reformas urbanas.
E, assim, entrelaçando política, economia, urbanismo, contexto histórico e geográfico,o autor constrói não só um estudo sobre o Cais do Porto de Porto Alegre como traça um panorama de uma época de hegemonia positivista,com foco no progresso,na modernização,no saneamento e embelezamento urbanos.
Também para consulta, foi doado para o nosso acervo um cd com plantas do projeto de construção do Porto,que fazem parte da dissertação,gentileza do autor Augusto Alves e da arquiteta Maria Cristina Louzada,que nos trouxe o material.Os originais destas plantas estão na biblioteca da Superintendência de Portos e Hidrovias(SPH).Agradecimentos especiais ao autor Augusto Alves,que disponibilizou a dissertação e as plantas digitalizadas, à arquiteta Maria Cristina que viabilizou a doação do material ao AHPAMV, à bibliotecária da Faculdade de Engenharia da UFRGS,Rejane Rataeski Moraes da Silva,que realizou a pesquisa sobre o Cais numa biblioteca em reformas,e à bibliotecária da Superintendência do Porto de Rio Grande,Gladis Rejane Moran Ferreira,que descobriu a mudança de nome de DPREC (Departamento de Portos,Rios e Canais)para SPH, possibilitando a localização das 500 plantas históricas do Cais.A todos estes, nossos agradecimentos em nosso nome e em nome dos pesquisadores que têm, agora, acesso ao acervo cartográfico do projeto da construção do porto de Porto Alegre.