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1 de fevereiro de 2012

O Livro No Brasil: Primórdios



A trajetória do livro no Brasil se inicia junto com a vinda dafamília real, corte portuguesa, ao país, em 1808. Com ela veio também 60mil volumes de obras, que passaram a compor aqui a Biblioteca Real (atual Biblioteca Nacional). Nesse ano, no país existiam apenas duas livrarias ematividade. No ano de 1816, o número passou para 12. A vinda de Dom João proporcionou também a instalação da Imprensa Régia. Embora pareça uma notícia boa, havia aspectos negativos. Com ela também surge de forma mais forte a censura. Comessa imprensa oficial, era proibida a impressão fora das oficinas da corte eera apenas publicado o que agradava os olhos do Estado.
Apesar de toda a mudança efetiva que 1808promove em questões de publicações e leituras, há tentativas anteriores deinstalar prensas no País e outros vestígios de produção editorial. Segundo especulações, os jesuítas utilizavam a tipografia para ajudar na catequização dos povos locais,porém, nada é comprovado. Foram os holandeses, entre 1630 e 1650 (época queocupavam o nordeste), que primeiro ansiaram instalar a tipografia no Brasil.Entretanto, o primeiro tipógrafo que para aqui trouxeram acabou falecendo efora difícil arranjar um substituto a tempo. Depois de 60 anos, Recife enfimteve sua primeira impressora, que funcionou entre 1703 e 1706, segundo oshistoriadores.
Em 1747, no Rio de Janeiro, há folhetos queeram impressos na época o que comprova que havia uma impressora. Segundo osestudos, o tipógrafo era Antônio Isidoro da Fonseca. Outras manifestações deimpressões se dão por volta desse período também, porém, quando a notíciachegou a Lisboa, Portugal posicionou-se contra esse tipo de atividade nacolônia. Dado a isso, escritores como Cláudio Manoel daCosta e José Basílio da Gamatinham que ser editados na Europa.
Voltamos para a época na criação da ImprensaRégia. Nesse período surge o primeiro jornal editado no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro. Em 1821, foi revogada a proibição deimprimir, folhetos, revistas e jornais começaram a aparecer cada vez mais. Apesar dessas informações, indica-se que emMinas Gerais, em 1807, foi elaborada a primeira impressão de livro naquelaprovíncia.
O Estado do Maranhão foi um dos que maiscedo apareceu a tipografia. Seu período de ouro começa junto aos poemas deGonçalves Dias, em 1840. Oficialmente, Pernambuco obteve atividade tipográficaa partir de 1817, porém, logo foi fechada pelo governo. O Estado do Pará, em1822, já tinha um jornal seu, "O Paraense". Já no Rio Grande do Sul, apenas em1837 chegou as máquinas de impressão.
Em 1821 já haviasido abolida a censura prévia. No Rio de Janeiro,perto da independência brasileira, já existia sete locais de tipografia.Manuel Joaquim da Silva Porto, livreiro, foi o primeiro, ao lado de FelizardoJoaquim, a ter uma tipografia própria além de uma loja de livros. A partirdessa faixa de tempo, abriram diversos empreendimentos que praticavamimpressões, como a Officina dos Anais Fluminenses. Muitos nomes merecemdestaques como Pierre Plancher, que publicou a primeira novela brasileira,Statira a Zoroastes, a Villeneuve, que editou um dos mais antigos romancesbrasileiros O Aniversário de D. Miguel em 1828, Franscisco Alves, a editoramais antiga do País ainda em atividade, Louis Mongie, dono de uma das maisfamosas livrarias lembrada como Livraria Imperial e Franscisco Paula Brito, queinvestiu em revistas e em sua livraria recebia importantes eprsonagens do movimentoromântico, como Joaquim Manuel deMacedo e Manuel Antonio deAlmeida.

Outros Destaques

Laemmert e Garnier são duas editoras que marcaram a vida brasileira. Importavam livros de cultura francesa em uma época em que esse Paísera referência para todos. Em 1934, encerraram suas atividades.

Em São Paulo, a editora José Olympio merece atenção. Depois deapenas vender livros, começou a publicá-los. Lançava novos autores, muitosdeles que até hoje são lembrados.

A Livraria Saraiva também foi um marco derelevância. Em 1914, José Inácio da Fonseca Saraiva se mudou para São Paulo eabriu a Livraria Acadêmica. Em 1917, Saraiva abriu uma divisão editorial. Maistarde, a livraria e editora estavam consolidadas, com gráfica própria eeditando livros de peso na área do direito e da literatura em geral.