A reprodução de um utensílio rudimentar feito de
duas peças de madeira, o pilão e uma haste suspensa, movida por um sistema
semelhante ao de uma balança, acionado por meio hidráulico, está exposta na
frente do Piquete Rancho Tradição, numa referência aos monjolos usados nos
séculos passados no Rio Grande do Sul para socar grãos e produzir farinhas. A
peça, que resgata uma das atividades rurais de nossos antepassados é do artista
Alexandre Micheli, 42 anos, patrão do Piquete e pode ser vista no Acampamento
Farroupilha Extraordinário da Copa, no Parque Maurício Sirotsky
Sobrinho.
Alexandre se define como "o artista do Parque Harmonia" porque só no
Acampamento expõe suas obras. Ele conta que para produzir as peças aproveita o
que encontra na natureza, desde troncos de árvores já caídos, madeiras velhas de
demolição e pedaços de ferro, já que trabalha como soldador. "Só uso material
reciclado. O que os torna diferentes são os recortes que faço e o restauro
dos materiais", explica.
No Piquete, estão expostas diversas luminárias em formatos variados,
mandalas, cachepôs para decoração, e velas dentro de pedaços de troncos de
árvores para enfeitar os jardins. Ele considera uma luminária de pé feita de
ferro retorcido que deu o nome de "toca da coruja", sua capa de revista, a mais
bonita de todas.
Embora diga que este trabalho é apenas um hobby, já que só produz como
passatempo nas horas livres, Alexandre teve suas obras reconhecidas
especialmente nesta edição extraordinária do Acampamento Farroupilha, que
recebeu a visita de muitos turistas de fora do Estado. Uma compradora de São
Paulo, que levou quatro peças, o convidou para realizar uma exposição na capital
paulista.
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Texto de: Catarina
Gomes
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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