As famílias vieram da Aldeia Serrinha, da reserva de Nonoai, no planalto
gaúcho. Lá, vivem cerca de quatro mil famílias de índios, segundo o responsável
pelo grupo aqui em Porto Alegre, Zílio Salvador, de 62 anos. Ele conta que o
artesanato complementa a renda dos índios que sobrevive do trabalho na lavoura.
A maioria das família planta feijão, milho, batata doce, verdures e melancia.
Além disso, criam galinhas e porcos e também pescam.
Casado e com quatro filhos, o homem conta que todos foram batizados na
Igreja Católica, mas não deixaram de realizar o ritual da cultura indígina em
que os pequenos são batizados com chá de ervas. Ele assegura que embora a
maneira de viver dos índios venha se assemelhando com a do homem branco, as
tradições e culturas são preservadas. "Somos unidos", argumenta o índio Zílio.
"Quando alguém de nossa aldeia vai fazer uma casa, todos ajudam a construir",
assegura, acrescentando que existe solidariedade entre eles. Do Acampamento
Farropupilha o grupo segue para Gramado, onde espera incrementar as vendas de
artesanato para os turistas, já que a chuva em Porto Alegre frustou as
expectativas de vendas na Capital.
Caigangues - Os índios caingangues estão entre os cinco
povos indígenas mais numerosos no Brasil atualmente. Eles vivem em cerca de 30
áreas diferentes, a maioria delas demarcadas no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná e São Paulo. A estimativa é de uma população de 30 mil
caigangues no Brasil.
/acampamento_farroupilha /copa_2014
Texto de: Catarina
Gomes
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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