Dança Folclórica Alemã: a identidade cultural
de um povo sendo cultuada, preservada e corretamente divulgada
No dia 25 de julho de 2014 comemora-se os 190 anos da chegada dos imigrantes alemães ao Rio Grande do Sul. Foi no período compreendido entre os anos de 1824 e 1830 que o Major Schaefter encarregou-se de encaminhá-los para os diversos pontos do país. No Sul, foi na Colônia de São Leopoldo, fundada aos 3 de maio de 1824, que os alemães fixaram-se inicialmente.
Mas, também foram para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Espírito Santo. Dom Pedro I, cuja esposa D. Leopoldina, Arquiduquesa d’Áustria, era alemã, derrubou as barreiras colonizadoras e chamou os alemães para ajudarem na formação de nosso país. Assim, a economia do Rio Grande deixaria de estar baseada somente na pecuária, para ser também agrícola. E o primeiro grupo de alemães, composto de 39 imigrantes, chegou ao Rio Grande do Sul aportando no Rio dos Sinos, na antiga Real Feitoria do Linho e do Cânhamo, na data de 25 de julho do ano de 1824.
Como nos alerta Salvador Lamberty, devemos todos lembrar que o povo alemão foi ordeiro e contribuidor para a construção do Estado, promovendo e participando da grande diversidade cultural que forma o povo sul-rio-grandense e brasileiro. Embora muitas vezes isolados pela língua, os alemães colaboraram com os sul-rio-grandenses em diversos momentos da História.
Na Revolução Farroupilha, por exemplo, contribuíram com o fornecimento de gêneros alimentícios ao Movimento Revolucionário. Mas é na área cultural que os alemães deram sua maior contribuição. Citaremos, a seguir, alguns exemplos da influência cultural alemã na cultura sul-rio-grandense e brasileira: as associações, revelando o comportamento sociológico de uma população eminentemente gregária, como as “Vereine” de esporte, caça, pesca, escotismo, canto, excursionismo, tiro ao alvo; as picadas coloniais e os grandes centros urbanos teuto-brasileiros, com todos os tipos de esporte e artes; bandas de música, orquestras, corais, artes plásticas, escolas, jornais, boletins, revistas, almanaques, edições em língua alemã, livrarias, oficinas gráficas, impressoras; as associações de caixeiros viajantes; o pioneiro clube de futebol, o “Fuss-Ball” – Grêmio -, como os de regata, natação, vôlei, barras, alteres, trapézio; na área da alimentação o café colonial, com trinta iguarias diferentes, o lanche, a doçaria e a cozinha, com porco em várias maneiras; verduras, salsichas, chucrutes; o pinheiro como Árvore de Natal; os cancioneiros, as festas, as novas bebidas; as fábricas de cerveja – Baden, Bopp, Sassen -, o capilé, as cachaças, as bebidas doces, os melados e as misturas na arte do copo; o trigo, os Kerbs, com três dias de festa; os chopes, o vinagre na comida, os picles, os ovos duros para servir com cerveja; o gosto pelos bailes e pela música; a contribuição nas danças gaúchas com os “chótis” comuns e o de Duas-damas.
Enfim, foram muitas as contribuições culturais dos imigrantes alemães e seus descendentes, por meio das suas importantes participações nessa diversidade de culturas que forma o Povo Sul-rio-grandense e Brasileiro. Ao cumprimentar a todos, o faremos como fez a Professora Maria Luiza Rauber Schuster, Vice-presidente da Cultura do Centro Cultural 25 de Julho, da cidade de Santa Cruz do Sul-RS, no ano de 2007: “Viele Danke für alle!”. Aos alemães e seus descendentes, os devidos agradecimentos do Estado e do Povo do Rio Grande do Sul!
Fonte! Este chasque (com o retrato) é de autoria de José Itajaú Oleques Teixeira, Brasília/DF, publicado no sítio tradicionalista BOMBACHA LARGA. Abra as porteiras clicando em www.bombachalarga.org.
Retirado do blog Sítio do Gaúcho Taura