Renato Borghetti (Divulgação)
As aulas acontecerão de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h30, e serão ministradas pelo músico Renato Muller de Fraga e supervisionadas por Renato Borghetti. A sistemática de realização será de aulas individuais uma vez por semana e espaço para a prática e ensaio durante a semana. “Utilizaremos a mesma metodologia já desenvolvida na Fábrica de Gaiteiros, em Guaíba. Possibilitamos o espaço para a prática local da gaita, assim como estimulamos os alunos a levarem o instrumento para casa, em determinados períodos, assim estimulando a troca familiar”, comenta Borghettinho, enfatizando que os instrumentos utilizados são artesanais, produzidos na integralidade pelo Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música, utilizando-se de madeiras de reflorestamento e tecnologias próprias de fabricação. A Fábrica de Gaiteiros é uma iniciativa do Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música e da Celulose Riograndense.
Os interessados em participar da Oficina de Gaita em Porto Alegre, devem se inscrever previamente junto ao Sesc Campestre (Av. Protásio Alves, 6220). As vagas são voltadas, preferencialmente, a filhos de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, com renda familiar de até três salários mínimos. No dia 7 de maio, às 19h, todos os inscritos participarão de uma audição para avaliação do grau de aptidão musical. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3382-8801.
Sobre o instrumento e a relação com Borghetti- No Rio Grande do Sul, a gaita ou acordeão é um instrumento emblemático, principalmente no tradicionalismo. Não existe manifestação gaúcha típica sem a presença da gaita. O acordeão chegou ao Estado pelas mãos dos imigrantes alemães por volta de 1836 e com os Italianos em 1875, primeiramente importados e logo passam a produzir aqui.
A Gaita ponto, entre outros nomes importantes, tem seu expoente máximo no Rio Grande do Sul com Renato Borghetti, que em 1979, aos 17 anos, estreou na 9ª Califórnia da Canção Nativa, em Uruguaiana. Em 1983, venceu a Califórnia ao lado de César Passarinho. Em 1984, com o “Gaita Ponto”, seu primeiro disco, o músico alcançou a marca de mais de 100.000 discos vendidos em curto espaço de tempo, tornando-se o primeiro disco de ouro da música instrumental brasileira, título este ainda não ultrapassado. Renato Borghetti é a referência da gaita ponto ou gaita de 8 baixos no Brasil e no exterior.
