VIA Porto Cultura
O 25º Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) teve início na noite desta segunda-feira, dia 16, na PUCRS, com o tema 2037: que Brasil será o seu?. O presidente do IEE, Ricardo Gomes, resgatou a história do evento, iniciado em 1988. “De lá para cá, o Brasil mudou muito, e o mundo também. Conseguimos vencer a hiperinflação com o Plano Real e obtivemos a consolidação da democracia com eleições diretas em todos os níveis da Federação”, avaliou.
Durante a solenidade de abertura, foi entregue o prêmio Libertas e o Prêmio Liberdade de Imprensa, concedidos ao advogado Carlos Fernando Souto e ao presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky, respectivamente. Souto agradeceu o prêmio que tem por objetivo agraciar empreendedores que se destacam no trabalho pela valorização dos princípios de economia de mercado e de respeito ao Estado de Direito democrático. “É uma honra”, disse. Sirotsky também agradeceu o prêmio, concedido a profissionais que preconizam a liberdade de imprensa e que se dedicam ao desenvolvimento do pensamento crítico. “A liberdade de imprensa é um dever, um direito de todos os cidadãos”, salientou.
O primeiro painel do Fórum da Liberdade trouxe o mote do evento ao público: 2037: que Brasil será o seu? O ex-presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, falou da importância do jovem como potencializador de transformação. “Todo jovem é milionário. Ele tem o poder de transformar o país. A juventude pode arriscar, sonhar e implantar tudo o que deseja”. Para ele, está no DNA do país a criatividade e é isso que deve ser exercitado. Agnelli destacou a importância da educação para o futuro do Brasil. “Eu gostaria de não morrer antes de ver todo jovem com menos de 35 anos matriculado em uma universidade”. De acordo com Agnelli, a infraestrutura é fundamental. “É o grande gargalo do nosso País. Para melhorarmos, dependerá de qual velocidade o Brasil adotará para mostrar como chegaremos lá”, destacou.
Na sequência, André Gerdau Johannpeter refletiu sobre o momento único que o País vive, com situação de praticamente pleno emprego, aumento do PIB e população crescente. “Devido à iniciativa privada empreendedora, o brasileiro tem o poder de se adaptar”, disse. Sobre o Brasil de 2037, Johannpeter deseja que a educação seja prioridade e que as taxas de juros e a carga tributária não sejam campeãs.
Guilherme Paulus, por sua vez, abordou sobre a oportunidade de aproveitar os dois megaeventos mundiais que estão por acontecer, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “Como a gente fala em desafios e oportunidades, falamos em futuro”, afirmou. Para ele, o número de turistas pode dobrar com os eventos. Paulus salienta a importância de proporcionar qualidade nos serviços prestados para atrair mais olhares do mundo. “Temos que aprender com os bons exemplos”, finalizou.
Vicente Falconi encantou o público presente. Para ele, a solução para que o Brasil de 2037 seja melhor, é a educação, sendo o ensino fundamental a grande prioridade. “Temos que dar educação aos meninos novos”. Falconi discorda em fornecer verbas para pagamento de ensino superior se o fundamental for ruim. “Vamos mudar as prioridades e focar nas crianças, para que daqui a 25 anos tenhamos 50% da nossa população com curso superior completo”, assegurou. Falconi falou sobre o conceito de potencial mental, que diz que cada pessoa tem uma cota de aprendizagem diária. “São as metas certas sobre os indicadores certos. A meta dá a direção do aprendizado”, concluiu.