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15 de maio de 2012

BRDE assume caráter de agente financeiro do Fundo Setorial do Audiovisual


Em cerimônia realizada na manhã dessa segunda-feira, no Palácio Piratini, o governador Tarso Genro assinou contrato entre a Agência Nacional do Cinema (Ancine), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O documento prevê o repasse de até R$ 500 milhões ao BRDE, na condição de instituição financeira oficial do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), para a contratação de projetos de produção e distribuição de obras audiovisuais para cinema e televisão em todo o País.
Secretário Assis Brasil destacou as ações da Sedac no setor audiovisual Foto: Caco Argemi
O secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, falou sobre a relação do Rio Grande do Sul com o cinema e destacou as principais ações da secretaria neste setor. “A data de hoje é muito importante, pois se consolida o BRDE como agente financeirodo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Isso significa uma série de investimentos na região. Trata-se de um grande avanço do Rio Grande do Sul. Aliado às políticas públicas locais que já relatamos, o convênio será de vital importância para a definitiva consolidação do estado como Pólo Audiovisual. Sabemos que os apoios do Fundo Setorial do Audiovisual dependem também de investimentos locais, privados ou públicos. A sociedade rio-grandense sabe do empenho do Governo Tarso Genro para a implantação da Economia da Cultura como um dos eixos de suas prioridades neste campo.Que este seja o início de maiores colaborações. Estamos preparados para isso”.
O secretário executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortiz afirmou que com a nova legislação, está abrindo espaço nas TVs por assinatura. “O foco principal desses investimentos é o fomento de filmes e audiovisuais para a TV. Todos os canais por assinatura precisam atender cota de 30% de programas da TV brasileira. Num primeiro momento, há uma busca pelo estoque de material pronto, mas depois faltarão programas novos para serem exibidos. Até 2014 estão previstos investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão em produtos audiovisuais”.
Região Sul terá Programa de Desenvolvimento Audiovisual Foto: Caco Argemi
No evento, que contou ainda com a participação do diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, de diretores do BRDE e representantes do BNDES, foi assinado também um protocolo de cooperação entre a Ancine e o BRDE. O objetivo é a elaboração do Programa de Desenvolvimento do Audiovisual para a Região Sul, considerando a necessidade de ações cooperativas para o planejamento de políticas que impulsionem o desenvolvimento da atividade audiovisual na Região Sul do País.
O Fundo
Lançado em dezembro de 2008, o Fundo Setorial do Audiovisual é um dos principais instrumentos de fomento à indústria audiovisual no Brasil, tanto pela abrangência das linhas de ação quanto pela sua estabilidade, que contribui para a organização do mercado. As linhas de ação voltadas à produção, distribuição e comercialização de obras para cinema já contemplaram filmes como “O Tempo e o Vento”, “Chico Xavier”, “De Pernas Pro Ar” e “Cilada.com”. Nos editais dedicados à produção para TV foram escolhidos, entre outros, projetos como a animação “Meu Amigãozão” e a série jovem “Julie e os Fantasmas”.
O Comitê Gestor do Fundo Setorial é composto por dois representantes do Ministério da Cultura, um da Ancine, um do BRDE e por dois representantes da indústria audiovisual, indicados pelo Conselho Superior do Cinema. Seus recursos são oriundos da própria atividade econômica, principalmente da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) e do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).
O BRDE será responsável pela execução operacional das linhas de ação do FSA, o que engloba a realização de chamadas públicas, contratação dos projetos, formalização jurídica e gestão dos fluxos financeiros de cada projeto. O Banco participa do Sistema de Desenvolvimento Econômico do RS, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI).
Texto: Soraia HannaEdição: Asscom Sedac