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15 de maio de 2012

Lançado o Centro de Referência do Negro

Pioneiro no país, o Centro de Referência do Negro (CRN) Oliveira Silveira foi lançado domingo, 13, em Porto Alegre. De iniciativa do Gabinete de Política Públicas do Povo Negro, o Centro irá abrigar ouvidoria e biblioteca com acervo de livros, revistas, vídeos e teses acadêmicas, além de abrir espaço para oficinas culturais de teatro, música e literatura. “O Centro é uma demanda reprimida desde a década de 80. A prefeitura, agora, coloca em prática um projeto que irá tornar-se referência em todo o país”, festeja o coordenador do Gabinete, Clóvis André Silva da Silva.

Localizado na Cidade Baixa (av. Ipiranga, 311), o Centro faz uma homenagem ao poeta, escritor e militante Oliveira Silveira, idealizador nos anos 70 do Grupo Palmares. A região foi escolhida, segundo o coordenador, por ter sido de resistência negra, onde, inclusive, nasceu o Carnaval em Porto Alegre. O primeiro bloco, o Areal da Baronesa, surgiu nas proximidades da rua Baronesa do Gravataí. O Centro terá como parceiro a Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul (AECPARS).,

A inauguração do Centro está prevista para daqui a seis meses. Enquanto isso, estão sendo firmados convênios com Arquivo Público Moyses Vellinho e com a Biblioteca Nacional para doação de material. “Nossa intenção é chegar, dentro de um ano, a 10 mil exemplares de obras sobre negritude”, adianta Silva.

O Centro já tem firmadas parcerias com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público e Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI) para a instalação de uma ouvidoria. No local, uma equipe multidisciplinar ficará responsável pelo recebimento de denúncias de racismo e pelo acompanhamento do processo. A ideia é transformar o espaço num local de promoção de debates, palestras e fóruns de discussão, onde busque-se assegurar os direitos do povo negro.

O lançamento do Centro teve as presenças da secretária municipal de Direitos Humanos, Sônia D’Ávila, representando o prefeito José Fortunati, da diretora do Departamento de Direitos Humanos, Tâmara Biolo Soares, e do presidente da AECPARS, Victor Hugo Amaro.

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Texto de: Caren Mello
Edição de: Gilmar Martins