A nova sessão da CLL, Causos Literários, traz
curiosidades que envolvem literatura. Hoje falamos sobre o projeto Bicicloteca,
confere aí o que é.
Esta é a história de Robson Mendonça, um gaúcho de 60 anos de Alegrete no Rio Grande do Sul. Um homem anônimo como tantos outros, que um dia perdeu tudo, inclusive a mulher e os dois filhos num acidente. Este é um dos motivos que o levou a morar nas ruas, onde ficou por 6 anos até 2003. Como ele gostava muito de ler tentava pegar livros emprestados nas bibliotecas, porém não conseguia por não ter endereço fixo. Passou então a ter um sonho: quando melhorasse de vida, criaria uma biblioteca só para pessoas de rua.
Esta é a história de Robson Mendonça, um gaúcho de 60 anos de Alegrete no Rio Grande do Sul. Um homem anônimo como tantos outros, que um dia perdeu tudo, inclusive a mulher e os dois filhos num acidente. Este é um dos motivos que o levou a morar nas ruas, onde ficou por 6 anos até 2003. Como ele gostava muito de ler tentava pegar livros emprestados nas bibliotecas, porém não conseguia por não ter endereço fixo. Passou então a ter um sonho: quando melhorasse de vida, criaria uma biblioteca só para pessoas de rua.
No ano passado ele equipou uma bicicleta com um
baú onde carregava centenas de livros. No baú, títulos de Trumam Capote,
Lima Barreto e Graciliano Ramos. Todo o acervo do projeto, bancado
por parceiros privados, era fruto de doações. Na sua estreia, Robson estava com
uma lista onde já tinham 80 nomes. Quem pegava um livro tinha duas opções: ou
passava adiante para quem quisesse ler ou devolvia à bicicleta. Robson também
dirigia uma ONG para pessoas das ruas e o livro que mais o impressionou foi a
Revolução dos Bichos de George Orwell. Essa iniciativa é parte das
atividades do Instituto Mobilidade
Verde, uma ONG sem fins lucrativos que atua na reflexão de meios de
transporte alternativos sustentáveis para as cidades.
Em um ano, a Bicicloteca realizou mais
de 107.000 empréstimos sem nenhuma burocracia e contando com um acervo de mais
de 30.000 livros. Atualmente, o Instituto Mobilidade Verde trabalha no
monitoramento desse projeto e na sua expansão para outras ONGs interessadas em
adotá-lo. A bicicloteca também empresta livros em braille para deficientes
visuais, promove saraus em praças públicas, ocupa as ruas com passeios por
locais históricos.
Confira mais sobre o projeto aqui: http://biciclotecas.wordpress.com/