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25 de maio de 2013

Macrs lança projeto memória contemporânea e abre espaço para jovens artistas


O MACRS inaugura o projeto memória contemporânea, que tem por objetivo resgatar a produção de artistas cuja trajetória não esteja bem representada nos acervos públicos brasileiros, inicia com a curadoria de Flávio Gonçalves sobre a obra em pintura de Adriano Rojas, com o título “O gato que não pegava o rato”. Já na exposição o rumor da matéria, com curadoria de Bettina Rupp, a nova escultura da jovem artista Vivian Lockmann prova que o museu, sem perder de vista a formação de acervo, continua a abrir espaços para a produção artística e curatorial contemporânea.
Adriano Rojas: O gato que não pegava o rato
Conforme o curador Flávio Gonçalves, esse foi o título da primeira exposição individual de Adriano Rojas, em 1996. Desde o começo de sua caminhada o artista apontava para o que seria o tema central de sua obra: a pintura como ofício e como desafio. Através dessa imagem da espreita e da caça estão presentes os componentes da disputa que se trava em seus trabalhos.
“Quando pinto quer dar ao expectador uma maior sensação de fruição formal do quadro, uma fruição advinda de suas sensações visuais do que de qualquer outro aspecto” afirma ele.  Cada pintura deseja para si um destino particular que surge no horizonte como uma oportunidade.  “Sobre o ato de pintar, é importante dizer que fundamentalmente se dá pelo prazer, não que isso signifique algum tipo de facilidade, ao contrário, me é bastante difícil.”
Vivian Lockmann: O Rumor da Matéria
Segundo a curadora Bettina Rupp, as esculturas de Vivian Lockmann despertam o olhar curioso para compreender do que se trata a forma indefinida disposta no chão. Um estranhamento ao reconhecer a erva daninha que estrangula braços de Jacarandás, mas agora envolve um corpo. Em seguida, defrontamo-nos com a beleza de um pé bem torneado, herança de uma cadeira incutida em um corpo, ao lado de um sorriso enigmático da manequim, tão sedutora e estéril.
As formas que brotam nas esculturas apresentam as angústias de quem vive o processo criativo. Vemos vísceras de algo que ainda não está pronto, lutando para conseguir espaço. O projeto inicial vai aos poucos desaparecendo e o acaso começa a dominar forma e conteúdo.
A criação nunca está desconectada do tempo presente. Os objetos antigos estão com suas funções inutilizadas, enterradas na memória, enquanto outro ser vai tomando contorno. Algo inexplicável, entre o desejo e a materialização de um corpo sexual. Enquanto os insetos saem dos casulos, as esculturas de Vivian recebem objetos, para torná-las “vivas” de sentido.
Serviço:
O Quê: Exposições de Adriano Rojas: O Gato Que Não Pegava O Rato, curadoria de Flávio Gonçalves na galeria Xico Stockinger/MACRS; Vivian Lockmann: O Rumor Da Matéria, curadoria de Bettina Rupp na galeria Sotero Cosme/MACRS.
Onde: Museu De Arte Contemporânea do RS (Rua dos Andradas, 736, 6º andar, na Casa de Cultura Mario Quintana)
Quando: Inauguração dia 28 de maio de 2013 das 19h às 21h. Visitação até 30 de junho de 2013, segunda das 14h às 19h, de terça a sexta das 10h às 19h, sábados, domingos e feriados das 12h às 19h.
Para mais informações acesse: macrs.blogspot.com ou contemporanears/facebook.com
Texto: Asscom CCMQ
Edição: Asscom Sedac