Cinco escolas que desfilaram no Porto Seco conseguiram, no geral, empolgar arquibancadas e mostrar desfiles competentes
Desfile da escola de samba Imperadores do Samba no Complexo do Porto Seco.
Foto:
Carlos Macedo / Agência RBS
Unidos da Vila Isabel abriu em grande estilo a segunda noite de desfiles no Porto Seco. Trazendo um samba-enredo sobre o Rio de Janeiro, teve alegorias bem acabadas — trouxe o Cristo Redentor, o calçadão de Copacabana e os pontos turísticos da Cidade Maravilhosa — e fantasias confeccionadas com esmero, salvo raras exceções. Passou pela avenida sem nenhum incidente, fez o tempo regulamentar e destacou-se pela competência da sua bateria.
Embaixadores do Ritmo
A Embaixadores do Ritmo trouxe talvez as alegorias mais interessantes do segundo dia. Falando sobre a sustentabilidade, trouxe peixinhos de snorkel (para conseguir resistir à poluição) e fantasias com a temática da reciclagem. Fez bela apresentação, com temática atual e uma mensagem positiva de transformação.
Imperadores do Samba
A Imperadores do Samba finalmente despertou as arquibancadas e fez o público cantar. Com um desfile de campeã, cantou os opostos na avenida, com o samba A Magia dos Opostos: Ponto de Equilíbrio do Universo. Superando dificuldades, emocionou o público com um desfile tecnicamente impecável.
Império da Zona Norte
A Império da Zona Norte fez um desfile sem grandes problemas técnicos, mas teve alegorias e fantasias inferiores às demais escolas do segundo dia. Mesmo assim, pesadas as dificuldades enfrentadas no ano que passou, fez um bom desfile — com destaque para o carro que trouxe animais da fauna da Nigéria, país representado pela escola.
Imperatriz Dona Leopoldina
A escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina encerrou, por volta das 5h30min da manhã deste domingo, 15, a segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval de Porto Alegre. Com o enredo “Tenho Samba com Rumba! Sou Imperatiz y Soy CUBA”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Valente, a Imperatriz homenageou Cuba, ressaltando suas semelhanças e a integração cultural e em outras áreas com o Brasil. Trazendo à avenida cerca de 1,6 mil integrantes, divididos em 19 alas e quatro carros alegóricos, a agremiação trouxe ao sambódromo a semelhança e singularidade dos dois povos, além de outros aspectos que aproximam os dois países. Em uma das alas, a fantasia lembrava a figura de Che Guevara. "A mistura de cachaça e rum, como diz o enredo, deu samba.