Velha conhecida da cena cultural gaúcha, 
especialmente no segmento do rock, onde atua há pelo menos 30 anos, Cida 
Pimentel é a nova diretora do setor de Programação e Projetos Especiais da Casa 
de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Junto ao diretor, Émerson Martinez Fortes, 
pretende dar mais espaço e visibilidade aos talentos do interior do Rio Grande 
do Sul, na instituição cultural. “Estou muito feliz de poder representar o mundo 
fora do mainstream, do rock gaúcho e da arte em geral”, afirma sobre seu novo 
cargo.
Atuando em Produção desde 1979, sempre com música 
e em Porto Alegre, com deslocamentos pelo Estado, Cida imprimiu seu nome no DNA 
de bandas lendárias, tendo descoberto e pago o primeiro cachê de Taranatiriça, 
TNT e Garotos da Rua, orgulhando-se de ter pago o primeiro cachê destes nomes e 
de outros que ultrapassaram fronteiras, caso do Engenheiros do Havai, Cachorro 
Grande e Acústicos e Valvulados. Nos anos 1980 foi programadora da Crocodilu’s, 
que marcou época na Plínio Brasil Milano, inicialmente como danceteria e após 
como palco de shows de rock. Foi responsável pela programação musical do Cult, 
na Cidade Baixa e divulgadora da Stop Records. Trabalhou na Opus e na Atlântida 
FM participou do programa “Eu, a Carol e Ele”, com Carol Teixeira, sobre sexo, 
que em 2007 ia ao ar aos sábados.
Teve ligação com grupos teatrais, nos anos 1970 e 
tem trânsito com as demais vertentes artísticas, como as artes visuais, tendo 
contato com artistas da área para as capas dos discos que produzia. O Conjunto 
Bluegrass Portoalegrense tem sido o foco de sua atenção ultimamente, tanto 
profissional como pessoalmente, já que é casada com um dos integrantes, Ricardo 
Sabadini. Aos domingos acompanha o grupo, no Brique da Redenção, onde não passa 
desapercebida, com suas várias tatuagens. “Inventamos música na rua em Porto 
Alegre há oito anos, produzimos, vendemos e passamos o chapéu, que é o 
nascedouro de toda arte”, conclui.
 

 
 
