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14 de outubro de 2012

Exposição e filmes integram projeto Sob Constante Ameaça

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), em parceria com o Museu de Arte Contemporânea da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), realiza a exposição Sob Constante Ameaça. Com curadoria de Bernardo José de Souza, a exposição, que tem como tema a instabilidade sociopolítica e econômica, a ameaça ambiental e o sentimento de insegurança do mundo contemporâneo, inaugura no dia 20 de outubro, sábado, às 17h, no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRS (Casa de Cultura Mário Quintana – 6º andar), e fica aberta à visitação até 2 de dezembro.

Paralelamente, a Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) realiza uma mostra de filmes relacionados aos mesmos temas da exposição, exibindo 10 longas-metragens. O projeto reúne obras de 15 artistas contemporâneos: Bjorn Melhus, Cinthia Marcelle & Tiago Mata Machado, Cyprien Gaillard, Dan Halter, Dinh Q. Le, Federico Alvarez, Guilherme Petters, Romain Gavras, Rodrigo Matheus & Laura Faerman, Romy Pocz, Shaun Gladwell, Skip Arnold e Veronika Veit.
A parceria entre as duas instituições faz parte das comemorações de 20 anos do MACRS, que em anos recentes vem consolidando sua importância no cenário artístico gaúcho.
Entre os destaques da exposição Sob Constante Ameaça estão os trabalhos do francês Cyprien Gaillard, do vietnamita Dinh Q. Le, do grego radicado na França Romain Gavras e do americano Skip Arnold. Gaillard é um dos jovens artistas mais expressivos de sua geração, tendo recebido importantes premiações nos últimos anos, como o Prêmio Marcel Duchamp do Centro Pompidou, em 2010. Entre a iconoclastia, o romantismo e a Land Art, sua obra investiga os vestígios humanos na natureza, em uma espécie de busca arqueológica que identifica na arquitetura moderna as ruínas de nosso tempo.
O vietnamita Din Q. Le reflete sobre a história recente de seu país ao resgatar as marcas deixadas pela dominação imperialista no imaginário popular e atualmente está exibindo o Project 93: Dinh Q. Le no MoMA de Nova York. Romain Gavras (filho do cineasta Costa Gavras) tem causado polêmica com os violentos clipes que costuma dirigir, entre os quais Born Free (da cantora M.I.A.), em que mostra o massacre de um grupo de pessoas ruivas. Já o norteamericano Skip Arnold notabilizou-se por ações como navegar o Triângulo das Bermudas em um barco experimental (ele viveu para contar a história), instalar-se debaixo de uma lâmina de vidro na entrada da Feira de Arte de Basel (assim, os visitantes teriam que literalmente caminhar sobre ele para poder entrar no prédio), ou chocar-se com violência contra as paredes de um quarto branco, até desmaiar.
Segundo o curador da mostra, Bernardo José de Souza, o trabalho dos artistas selecionados reflete esse estado de constante instabilidade experimentado pela sociedade contemporânea: “vivemos em permanente estado de alerta, à espera de novas notícias, aguardando o perigo iminente. Neste contexto imediatista, afetado pelo crescente volume de informações, a produção artística, na contramão do açodamento intelectual, revela-se um importante instrumento de reflexão sobre o status da imagem e seu poder de representação na contemporaneidade”.


/cinema /cultura
Texto de: Gabriel Ferreira
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.