A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria
Municipal da Cultura (SMC), em parceria com o Museu de Arte Contemporânea da
Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), realiza a exposição Sob Constante
Ameaça. Com curadoria de Bernardo José de Souza, a exposição, que tem como
tema a instabilidade sociopolítica e econômica, a ameaça ambiental e o
sentimento de insegurança do mundo contemporâneo, inaugura no dia 20 de outubro,
sábado, às 17h, no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRS
(Casa de Cultura Mário Quintana – 6º andar), e fica aberta à visitação até 2 de
dezembro.
Paralelamente, a Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) realiza uma mostra de filmes relacionados aos mesmos temas da exposição, exibindo 10 longas-metragens. O projeto reúne obras de 15 artistas contemporâneos: Bjorn Melhus, Cinthia Marcelle & Tiago Mata Machado, Cyprien Gaillard, Dan Halter, Dinh Q. Le, Federico Alvarez, Guilherme Petters, Romain Gavras, Rodrigo Matheus & Laura Faerman, Romy Pocz, Shaun Gladwell, Skip Arnold e Veronika Veit.
Paralelamente, a Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) realiza uma mostra de filmes relacionados aos mesmos temas da exposição, exibindo 10 longas-metragens. O projeto reúne obras de 15 artistas contemporâneos: Bjorn Melhus, Cinthia Marcelle & Tiago Mata Machado, Cyprien Gaillard, Dan Halter, Dinh Q. Le, Federico Alvarez, Guilherme Petters, Romain Gavras, Rodrigo Matheus & Laura Faerman, Romy Pocz, Shaun Gladwell, Skip Arnold e Veronika Veit.
A parceria entre as duas instituições faz parte das comemorações de 20 anos
do MACRS, que em anos recentes vem consolidando sua importância no cenário
artístico gaúcho.
Entre os destaques da exposição Sob Constante Ameaça estão os trabalhos do
francês Cyprien Gaillard, do vietnamita Dinh Q. Le, do grego radicado na França
Romain Gavras e do americano Skip Arnold. Gaillard é um dos jovens artistas mais
expressivos de sua geração, tendo recebido importantes premiações nos últimos
anos, como o Prêmio Marcel Duchamp do Centro Pompidou, em 2010. Entre a
iconoclastia, o romantismo e a Land Art, sua obra investiga os vestígios humanos
na natureza, em uma espécie de busca arqueológica que identifica na arquitetura
moderna as ruínas de nosso tempo.
O vietnamita Din Q. Le reflete sobre a história recente de seu país ao
resgatar as marcas deixadas pela dominação imperialista no imaginário popular e
atualmente está exibindo o Project 93: Dinh Q. Le no MoMA de Nova York. Romain
Gavras (filho do cineasta Costa Gavras) tem causado polêmica com os violentos
clipes que costuma dirigir, entre os quais Born Free (da cantora M.I.A.), em que
mostra o massacre de um grupo de pessoas ruivas. Já o norteamericano Skip Arnold
notabilizou-se por ações como navegar o Triângulo das Bermudas em um barco
experimental (ele viveu para contar a história), instalar-se debaixo de uma
lâmina de vidro na entrada da Feira de Arte de Basel (assim, os visitantes
teriam que literalmente caminhar sobre ele para poder entrar no prédio), ou
chocar-se com violência contra as paredes de um quarto branco, até
desmaiar.
Segundo o curador da mostra, Bernardo José de Souza, o trabalho dos
artistas selecionados reflete esse estado de constante instabilidade
experimentado pela sociedade contemporânea: “vivemos em permanente estado de
alerta, à espera de novas notícias, aguardando o perigo iminente. Neste contexto
imediatista, afetado pelo crescente volume de informações, a produção artística,
na contramão do açodamento intelectual, revela-se um importante instrumento de
reflexão sobre o status da imagem e seu poder de representação na
contemporaneidade”.
/cinema /cultura
Texto de: Gabriel
Ferreira
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
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