O prefeito José Fortunati teve o seguinte artigo publicado 
na página 4 do Jornal do Comércio desta sexta-feira, 23:
Porto Alegre chega ao final do atual ciclo de governo em situação bastante 
diferenciada em relação à imensa maioria dos municípios brasileiros. Desde 2005, 
quando foi implantado o novo modelo de gestão na administração municipal, já 
conseguimos atingir o equilíbrio fiscal e financeiro, que garante contas 
saudáveis, austeridade na execução orçamentária, qualificação do gasto e 
capacidade de buscar novos e mais recursos para investir nas melhorias que a 
cidade necessita.
Graças a isso e ao advento da Copa do Mundo, atraímos mais de R$ 1,8 bilhão 
em investimentos para um conjunto de obras que vai mudar a cara da cidade e 
ficará como legado após a competição esportiva.
Isso em apenas dois anos e sem levar em conta os recursos a serem aplicados 
no metrô e no projeto de revitalização do Cais Mauá, que elevam a captação de 
recursos a mais de R$ 4,7 bilhões e que resultam em novos empreendimentos, mais 
emprego e renda para a população e mais qualidade de vida para todos.
Ao celebrarmos esses fatos e números, entretanto, não deixamos de ser 
solidários com os demais municípios que penam com a falta de recursos para o 
fechamento de suas contas, inviabilizando investimentos e ameaçando mesmo o 
pagamento de obrigações trabalhistas como o 13º salário.
As mobilizações de prefeitos em Brasília em busca de recursos revelam o 
drama vivido por inúmeros gestores públicos em todo o País. No recente encontro 
da Frente Nacional de Prefeitos em Vitória-ES pude constatar pessoalmente a 
angústia de companheiros de outras cidades, impotentes diante desse quadro 
adverso.
Entendemos que está na hora de buscar para os municípios, no âmbito da 
federação, uma relação mais equilibrada entre as cada vez mais crescentes 
obrigações e responsabilidades com as devidas contrapartidas em termos de 
distribuição de recursos. Cabe às entidades representativas do municipalismo 
comandar esse processo para que não fiquemos apenas na solidariedade entre 
iguais.
Devemos lutar para que chegue logo o dia em que teremos menos angústias e 
mais celebrações, menos queixas e mais igualdade na repartição das verbas, pois 
é nos municípios que a vida acontece. 
/artigo
Edição de: Caren 
Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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