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23 de novembro de 2012

Prêmio Açorianos: Correnteza e Escombros


 
Ao lado dos gaúchos Altair Martins, com o livro Enquanto água, e José Francisco Botelho, com o livro A árvore que falava aramaico, Olavo Amaral, com o seu Correntezas e Escombros é finalista do Prêmio Açorianos de Literatura 2012 na categoria Conto.

Olavo Amaral, escritor e médico portoalegrense, também é finalista do Prêmio Açorianos de Literatura 2012 na categoria Conto, com o livro Correnteza e Escombros (Editora 7letras, 2012). Competindo com outros dois autores gaúchos pelo prêmio da categoria, José Francisco Botelho, com o livro A árvore que falava aramaico e Enquanto água de Altair Martins, Olavo Amaral abre espaço entre os finalistas com seu segundo livro de contos, utilizando-se de uma prosa simples e carregada de uma alta tensão psicológica.

Correnteza e Escombros, agora compilado em livro, é a reunião de escritos, ou de contos, do autor entre 2004 e 2009. Os contos são apresentados de maneira curta, que primam pela prosa simples e fantástica, no entanto, objetiva. A alta tensão psicológica permeia todo o livro. Temas como o desejo, a solidão e medos são explorados a fundo pelo autor com sensibilidade, fruto de uma observação pontual íntima sobre o homem, que, ao final, disseca os mais urgentes sentimentos e anseios humanos.

A prosa fantástica e realista de Olavo Amaral, presente no Correnteza e Escombros, se reflete na maneira como ele esmiuça o fabuloso que existe na solidão, assim como na procura, no encontro. Além disso, o livro é também líquido. A água aparece como uma metáfora muito forte, o uso da liquidez é recorrente em seus nove contos, na medida que tentam explorar o contato entre personagens díspares, usando desta metáfora como um desejo de dissolver-se em algo maior.

Olavo Amaral nasceu em 1979, como mencionado anteriormente, na cidade de Porto Alegre. Atualmente vive no Rio de Janeiro. Além de Correnteza e Escombros, é autor do volume de contos Estática. Além de escritor, é roteirista e médico formado pela UFRGS, também atua como professor adjunto do Instituto de Bioquímica Médica na UFRJ, onde trabalha como pesquisador na área de neurobiologia da memória.