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11 de dezembro de 2012

Confira as promessas para o próximo ano em cinco espaços culturais da Capital

VIA ZERO HORA:
CCMQ, sala da Ospa, Multipalco, Araújo Vianna e Renascença: o que foi feito e o que ainda faltaConfira as promessas para o próximo ano em cinco espaços culturais da Capital Tadeu Vilani/Agencia RBS
Para a reforma da Casa de Cultura Mario Quintana, este foi um ano de pouca atividade Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Casa de Cultura Mario Quintana
Se o adversário antes era a falta de recursos e a descontinuidade entre os governos estaduais, o entrave, agora, é aprovar projetos de incentivo à cultura que permitam a liberação dos R$ 8 milhões anunciados pelo Banrisul em dezembro passado. De acordo com o diretor da CCMQ, Manuel Henrique Paulo, "nenhum real foi depositado ainda em nenhuma conta".
Como estava em 2011: O prédio dependia de reformas estruturais e também da modernização das três salas de cinema, três galerias de arte e das duas salas de teatro. Além disso, precisava de melhor acessibilidade e sinalização.
O que foi feito: A fim de utilizar a verba reservada do Banrisul, as reformas foram desmembradas em dois projetos. O primeiro, de R$ 4,7 milhões, contempla a fachada e o telhado, e está sob análise final do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura (MinC).
- É um processo demorado por se tratar da reforma de um prédio tombado, mas esse tempo que perdemos no envio, ganharemos na execução - avalia Paulo.
Também neste ano, foi feito um estudo de acessibilidade, e os acessos melhorados com recursos próprios.
O que ainda falta: Uma vez aprovada a reforma estrutural (o que pode acontecer a qualquer momento desde novembro passado), começam os trâmites para iniciar obras até março. Ao longo do ano, o restante da verba será pleiteada por meio de um segundo projeto enviado ao MinC, que prevê climatização dos espaços, novos equipamentos de iluminação cênica e de sonorização e a aquisição de projetores digitais para os cinemas.
Sala Sinfônica da Ospa

Foto: Tadeu Vilani/Agencia RBS 
Desde 2008, a Ospa está sem sede. Naquele ano, a orquestra teve de deixar o espaço alugado na Avenida Independência que ficou conhecido como Teatro da Ospa. Desde então, os músicos se apresentam em diversos espaços da Capital. Prometida para 2014, a Sala Sinfônica será a sede definitiva da orquestra. Abrigará, também, a parte administrativa e a escola de música.
Como estava em 2011: As obras ainda não haviam iniciado. No dia da publicação da matéria, estava marcada a abertura dos envelopes da concorrência para a execução da primeira etapa das fundações.
O que foi feito: Em março de 2012, as obras tiveram início. A primeira fase das fundações (estaqueamento) está concluída. A segunda etapa (a dos blocos de concreto) seria concluída neste mês, mas a empresa que a executa pediu prorrogação até fevereiro.
O que ainda falta: Está previsto para ser divulgado, nas próximas semanas, o edital para a construção da parte do prédio acima do nível do solo. O financiamento virá de investimento de R$ 19 milhões do governo federal, de contrapartida de R$ 4,7 milhões do governo do Estado e de investimento de R$ 10 milhões prometido pelo governador Tarso Genro. A última fase das obras - que incluirá o tratamento acústico - será viabilizada com verba da iniciativa privada, que a orquestra pretende captar por meio de lei de incentivo à cultura. A previsão de conclusão da Sala, segundo o secretário de Estado da Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, é o final do primeiro semestre de 2014, com orçamento de R$ 46 milhões.
Multipalco
Coordenador-geral do Multipalco, José Roberto Moraes é claro:
- Este ano de 2012 foi um ano negro para o Multipalco. Ainda está sendo.
Moraes declara que a captação de recursos via Lei Rouanet, praticamente a única fonte de recursos para construir o complexo, foi dificultada na medida em que potenciais empresas investidoras, como Copesul e Refap, mudaram suas operações e distanciaram suas decisões do Estado.
Como estava em 2011: Ainda faltavam R$ 18 milhões para concluir a obra, cuja estrutura de 18 mil metros quadrados já estava pronta. As salas de ensaio da Orquestra de Câmara do São Pedro e quatro salas multiuso, que deveriam ter sido entregues em 2012, dependiam da instalação de uma subestação de energia.
O que foi feito: O ano foi gasto em trâmites para liberar recursos de duas fontes. Como os primeiros projetos eram de 1997 e 1998, eles foram reformulados para prever cerca de R$ 250 mil para a compra de equipamentos cênicos inexistentes à época. Da aprovação do Conselho Estadual de Cultura depende a liberação de R$ 1,6 milhão. Junto à Petrobras, foram captados R$ 2 milhões, mas o recurso tampouco está liberado. A estatal anunciou que este foi o último valor doado via Lei Rouanet.
O que ainda falta: Segundo Moraes, o compromisso é encerrar 2013 com a subestação de energia instalada, o que é fundamental para a continuidade das obras de visibilidade e para liberar as salas multiuso.
A segunda prioridade é seguir captando recursos para o teatro-oficina e o teatro principal.
- É um desafio. Cada poltrona do teatro principal, por exemplo, está orçada em R$ 1,6 mil, e são 600 (R$ 960 mil). Por aí, tu tiras uma base.
Teatro Renascença
Uma longa reforma no telhado do Centro Municipal de Cultura, em 2009, gerou problemas colaterais para o Teatro Renascença, comprometendo a forração. O teatro tem ainda problemas na climatização.
- O Renascença é um dos espaços mais requisitados de Porto Alegre. Sedia cerca de 300 atrações em um ano, o que também torna difícil fechar tudo para realizar obras - diz o Coordenador de Artes Cênicas da Secretaria Municipal de Cultura, Breno Ketzer Saul.
Como estava em 2011: O teatro havia tido problemas com a rede elétrica, e o ar-condicionado havia estragado - tornando desconfortáveis as apresentações no intenso verão porto-alegrense. O teatro contava com um novo sistema de som inaugurado recentemente. Os frequentadores reclamavam do cheiro de mofo nas cortinas e paredes - resultado de períodos em que choveu durante a reforma no telhado.
O que foi feito: Foi comprada uma torre de ar-condicionado para resolver o problema em caráter provisório, e um projeto de reforma do espaço para a inclusão de um sistema de ar foi concluído, orçado entre R$ 400 e R$ 500 mil. Os carpetes e as cortinas ainda não foram trocados. Um outro projeto, para a reforma da parte elétrica, foi parcialmente elaborado pela Smov. Algumas cadeiras foram substituídas.
O que ainda falta: De acordo com Breno Saul, em 2013 será executada a instalação do sistema de ar-condicionado e será concluído o projeto de recuperação da rede elétrica. A reforma deve contemplar também a manutenção das varas de sustentação de refletores e cenários. A troca dos tapetes e das cortinas também está prometida para este ano.
Araújo Vianna

Foto: Fernando Gomes/Agencia RBS
Com inauguração prometida pelo prefeito José Fortunati inicialmente para março de 2012, o auditório Araújo Vianna foi reaberto em setembro. A Opus, empresa que venceu a licitação para administrar o espaço, é responsável por 75% das datas anuais. As demais datas cabem à prefeitura.
Como estava em 2011: Quatro das seis camadas da cobertura estavam instaladas. Os banheiros estavam quase prontos. Haviam sido investidos R$ 12 milhões dos R$ 18 milhões da obra.
O que foi feito: A reforma foi concluída. O auditório, agora com tratamento acústico, climatização e cercamento, foi entregue no dia 20 de setembro de 2012.
O que ainda falta: Está em fase de estudos um estacionamento subterrâneo com capacidade entre 500 e 800 carros, ainda sem data prevista. A iluminação do entorno será melhorada. A passarela que leva o público da calçada da Osvaldo Aranha até a entrada do local foi pichada, requerendo recuperação das lajotas - ainda sem prazo estipulado. Sobre o cercamento, o secretário municipal de Cultura, Sergius Gonzaga, afirma:
- A cerca é provisória, mas ainda não há data para a retirada.