Foto: Cristine 
Rochol/PMPA
 
 
Fortunati e Coradazzi firmaram cooperação entre a prefeitura e o British Council
Fortunati e Coradazzi firmaram cooperação entre a prefeitura e o British Council
Uma ação pioneira no Brasil garante o lugar da Capital no topo da lista das 
cidades mais criativas do país. Nesta quinta-feira, 13, o prefeito José 
Fortunati lançou o Núcleo de Economia Criativa (NEC). A meta é manter um 
programa contínuo de fomento à produção cultura e intelectual. No próximo ano, o 
NEC deve promover experiências nas áreas da tecnologia da informação, moda, 
artesanato etc. (fotos)
 
O Núcleo vai funcionar sob a coordenação da Secretaria Municipal da Cultura 
e envolve também o Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa)  e as 
Secretarias Municipais de Coordenação Política e Governança Local (SMGL) e da 
Produção, Indústria e Comércio (Smic), com apoio institucional da Procempa. “A 
partir dos anos 70, quando a indústria de base passou a perder força na cidade, 
muitos talentos migraram. E nós temos que buscar uma forma de manter os talentos 
locais aqui e não perdê-los para os grandes centros. Precisamos fazer isso 
aproveitando ideias e experiências de quem já investe nesse setor e tem sucesso. 
Apostar na economia criativa é pensar no desenvolvimento da cidade de forma 
sustentável”, disse Fortunati.
Durante a cerimônia realizada no Salão Nobre do Paço Municipal, o prefeito 
também assinou um termo de cooperação entre a Prefeitura de Porto Alegre e o 
British Council, departamento cultural do governo do Reino Unido e uma das 
principais organizações internacionais de fomento à cultura criativa. “O Reino 
Unido tem interesse em compartilhar as experiências no setor da economia 
criativa com países como o Brasil. E esse movimento não pode se dar se não for 
em uma cidade criativa e inovadora como Porto Alegre”, afirmou o diretor do 
Departamento de Artes do British Council, Luiz Coradazzi.
Ranking - Porto Alegre é a segunda cidade mais criativa do 
Brasil, segundo um estudo realizado pela Fecomércio de São Paulo. A pesquisa, 
divulgada em abril deste ano, foi realizada nas 50 maiores cidades do país e 
cruzou informações como o número de empregados nos setores considerados 
criativos; o peso do que é produzido por esse segmento no PIB e as condições de 
saúde e segurança dos trabalhadores. O resultado foi um índice de criatividade, 
que mede a capacidade de gerar riqueza a partir de novas ideias, de 98,2 por 
cento, menor apenas que o da capital paulista, que ficou com 100.
As empresas que mais se destacam são das áreas de software e computação, 
mercado editorial, televisão, rádio e publicidade. Também têm espaço importante 
na “economia criativa” arquitetura, artes, moda e design. Outra pesquisa, feita 
pela Firjan, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro soma o 
desempenho de todos esses segmentos. No Rio Grande do Sul o valor é de R$ 4,53 
bilhões, quarto lugar entre os estados com maior peso do setor criativo no PIB, 
com 1,9% das riquezas geradas.
O objetivo do NEC é desenvolver um trabalho com tecnologias sociais e 
capacitação de mão de obra como uma forma de tirar pessoas que estão na 
informalidade e inseri-las nesse setor. Com o investimento em políticas públicas 
de incentivo à economia criativa, uma das pretensões é, nos próximos anos, 
aumentar para 15% a participação do setor no PIB de Porto Alegre.
Co.Lab PoA - A partir das 10 horas desta sexta-feira, 14, um laboratório de 
criação cultural coletiva vai ocupar a Usina do Gasômetro (av. Pres. João 
Goulart, 551). É a primeira edição do Laboratório de Criação Coletiva de Porto 
Alegre. O 1º Co.Lab PoA consiste de uma oficina em regime de imersão em que 30 
artistas (dez músicos, dez artistas visuais e dez artistas audiovisuais) 
produzirão suas obras durante 48 horas em caráter coletivo, transversal e 
multidisciplinar, com a moderação de um curador de cada área. No domingo, 16, às 
19h, serão apresentados os trabalhos, com exposição de arte urbana, show de 
lançamento das obras musicais e a pré-estreia do documentário, todos produzidos 
durante o processo, no mesmo espaço em que foram criados.
A evolução dessa maratona criativa poderá ser acompanhada ao vivo via 
Internet. O objetivo da iniciativa é apresentar uma forma inovadora de produção 
artística, misturando linguagens e diferentes manifestações visuais e 
audiovisuais. Os artistas terão no local toda a estrutura para a criação e 
produção do material, como ilha de gravação de áudio e equipamentos de captação 
e edição audiovisual.  
Texto de: Melina 
Fernandes
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
 
 
 
