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14 de dezembro de 2012

Núcleo de Economia Criativa vai fomentar produção cultural

Foto: Cristine Rochol/PMPA
Fortunati e Coradazzi firmaram cooperação entre a prefeitura e o British Council
Fortunati e Coradazzi firmaram cooperação entre a prefeitura e o British Council
Uma ação pioneira no Brasil garante o lugar da Capital no topo da lista das cidades mais criativas do país. Nesta quinta-feira, 13, o prefeito José Fortunati lançou o Núcleo de Economia Criativa (NEC). A meta é manter um programa contínuo de fomento à produção cultura e intelectual. No próximo ano, o NEC deve promover experiências nas áreas da tecnologia da informação, moda, artesanato etc. (fotos)
O Núcleo vai funcionar sob a coordenação da Secretaria Municipal da Cultura e envolve também o Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa) e as Secretarias Municipais de Coordenação Política e Governança Local (SMGL) e da Produção, Indústria e Comércio (Smic), com apoio institucional da Procempa. “A partir dos anos 70, quando a indústria de base passou a perder força na cidade, muitos talentos migraram. E nós temos que buscar uma forma de manter os talentos locais aqui e não perdê-los para os grandes centros. Precisamos fazer isso aproveitando ideias e experiências de quem já investe nesse setor e tem sucesso. Apostar na economia criativa é pensar no desenvolvimento da cidade de forma sustentável”, disse Fortunati.
Durante a cerimônia realizada no Salão Nobre do Paço Municipal, o prefeito também assinou um termo de cooperação entre a Prefeitura de Porto Alegre e o British Council, departamento cultural do governo do Reino Unido e uma das principais organizações internacionais de fomento à cultura criativa. “O Reino Unido tem interesse em compartilhar as experiências no setor da economia criativa com países como o Brasil. E esse movimento não pode se dar se não for em uma cidade criativa e inovadora como Porto Alegre”, afirmou o diretor do Departamento de Artes do British Council, Luiz Coradazzi.
Ranking - Porto Alegre é a segunda cidade mais criativa do Brasil, segundo um estudo realizado pela Fecomércio de São Paulo. A pesquisa, divulgada em abril deste ano, foi realizada nas 50 maiores cidades do país e cruzou informações como o número de empregados nos setores considerados criativos; o peso do que é produzido por esse segmento no PIB e as condições de saúde e segurança dos trabalhadores. O resultado foi um índice de criatividade, que mede a capacidade de gerar riqueza a partir de novas ideias, de 98,2 por cento, menor apenas que o da capital paulista, que ficou com 100.
As empresas que mais se destacam são das áreas de software e computação, mercado editorial, televisão, rádio e publicidade. Também têm espaço importante na “economia criativa” arquitetura, artes, moda e design. Outra pesquisa, feita pela Firjan, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro soma o desempenho de todos esses segmentos. No Rio Grande do Sul o valor é de R$ 4,53 bilhões, quarto lugar entre os estados com maior peso do setor criativo no PIB, com 1,9% das riquezas geradas.
O objetivo do NEC é desenvolver um trabalho com tecnologias sociais e capacitação de mão de obra como uma forma de tirar pessoas que estão na informalidade e inseri-las nesse setor. Com o investimento em políticas públicas de incentivo à economia criativa, uma das pretensões é, nos próximos anos, aumentar para 15% a participação do setor no PIB de Porto Alegre.
Co.Lab PoA - A partir das 10 horas desta sexta-feira, 14, um laboratório de criação cultural coletiva vai ocupar a Usina do Gasômetro (av. Pres. João Goulart, 551). É a primeira edição do Laboratório de Criação Coletiva de Porto Alegre. O 1º Co.Lab PoA consiste de uma oficina em regime de imersão em que 30 artistas (dez músicos, dez artistas visuais e dez artistas audiovisuais) produzirão suas obras durante 48 horas em caráter coletivo, transversal e multidisciplinar, com a moderação de um curador de cada área. No domingo, 16, às 19h, serão apresentados os trabalhos, com exposição de arte urbana, show de lançamento das obras musicais e a pré-estreia do documentário, todos produzidos durante o processo, no mesmo espaço em que foram criados.
A evolução dessa maratona criativa poderá ser acompanhada ao vivo via Internet. O objetivo da iniciativa é apresentar uma forma inovadora de produção artística, misturando linguagens e diferentes manifestações visuais e audiovisuais. Os artistas terão no local toda a estrutura para a criação e produção do material, como ilha de gravação de áudio e equipamentos de captação e edição audiovisual.
Texto de: Melina Fernandes
Edição de: Caren Mello
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