Músico protagonizou o comercialmente mais bem-sucedido ciclo que o cinema do Rio Grande do Sul já viveu
Teixeirinha em "O Filho de Iemanjá"
Foto:
Reprodução / teixeirinha
Marcelo Perrone
Nove dos 10 filmes gaúchos mais vistos em todos os tempos têm à
frente não a figura de um galã típico, mas sim a de um artista com
popularidade tamanha que se tornou símbolo da identidade regional: Vitor
Mateus Teixeira (1927 – 1985).
Ao transcender seu enorme sucesso da música para as telas, Teixeirinha protagonizou o comercialmente mais bem-sucedido ciclo que o cinema do Rio Grande do Sul já viveu.
A trajetória cinematográfica do músico, ator, produtor e roteirista soma 12 longas-metragens. Os 10 que foram realizados pela Teixeirinha Produções acabam de ganhar edição em DVD, etapa de um projeto de organização e digitalização do acervo do artista coordenado pela Fundação Teixeirinha e patrocinado pela Petrobras, por meio da Lei Rouanet.
Não fazem parte do pacote os dois primeiros longas estrelados por Teixeirinha, seus maiores sucessos de público: Coração de Luto (1967), de Eduardo Lloerente, com estimados 2 milhões de espectadores, e Motorista sem Limites (1970), de Milton Barragan, com 1,8 milhão. Como a Agência Nacional do Cinema (Ancine) só considera como dados oficiais os registrados a partir de 1970, Coração de Luto não entra na conta dos 10 filmes gaúchos mais vistos. O processo de telecinagem dos filmes da película 35mm para o DVD foi facilitado pelo bom estado das cópias, preservadas na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
– Assim que o pai morreu, encaminhamos os filmes para lá, pois sabíamos que aqui não havia condições apropriadas para conservá-los – explica Márcia Teixeira dos Santos, diretora-executiva da Fundação Teixeirinha. – Estamos tendo um procura muito grande pelos DVDs, de todo o Brasil. Os mais velhos sentem muita saudade, e os mais jovens querem conhecê-lo. Ele foi um artista pioneiro em usar todas as mídias disponíveis em sua época: disco, rádio, televisão, cinema e palco.
Desses 10 longas lançados em DVD, o que obteve maior sucesso, com 1,6 milhão de espectadores, foi Ela Tornou-se Freira (1972), de Pereira Dias. Como ocorreu com Elvis Presley, Beatles e Roberto Carlos, o cinema se tornaria um braço muito importante para Teixeirinha promover suas músicas. O enredo deste filme, de maneira geral, mostra a persona encarnada pelo cantor em seus melodramas: o herói romântico que vence malfeitores que cruzam seu caminho e tem um final redentor nos braços da mulher amada. Outros dois títulos que chegaram à marca de um milhão de espectadores foram Na Trilha da Justiça (1977) e Teixeirinha a 7 Provas (1973) – o título de menor público, O Gaúcho de Passo Fundo (1978), somou 671 mil – pouco mais do que os 664 mil de O Homem que Copiava (2003), de Jorge Furtado, o 10º na lista de longas gaúchos mais vistos segundo a Ancine.
– Ele buscava desmistificar a imagem do gaúcho grosso e truculento – define Márcia.
O projeto de restauração será apresentado hoje, somente para convidados, no Espaço Itaú de Cinema.
Os DVDs estarão à venda, a R$ 30 cada, a partir de dezembro, na Fundação Teixeirinha (Rua Andrade Neves, 100/301). Informações pelo telefone (51) 3225-3575 e no site www.teixeirinha.com.br.
Ao transcender seu enorme sucesso da música para as telas, Teixeirinha protagonizou o comercialmente mais bem-sucedido ciclo que o cinema do Rio Grande do Sul já viveu.
A trajetória cinematográfica do músico, ator, produtor e roteirista soma 12 longas-metragens. Os 10 que foram realizados pela Teixeirinha Produções acabam de ganhar edição em DVD, etapa de um projeto de organização e digitalização do acervo do artista coordenado pela Fundação Teixeirinha e patrocinado pela Petrobras, por meio da Lei Rouanet.
Não fazem parte do pacote os dois primeiros longas estrelados por Teixeirinha, seus maiores sucessos de público: Coração de Luto (1967), de Eduardo Lloerente, com estimados 2 milhões de espectadores, e Motorista sem Limites (1970), de Milton Barragan, com 1,8 milhão. Como a Agência Nacional do Cinema (Ancine) só considera como dados oficiais os registrados a partir de 1970, Coração de Luto não entra na conta dos 10 filmes gaúchos mais vistos. O processo de telecinagem dos filmes da película 35mm para o DVD foi facilitado pelo bom estado das cópias, preservadas na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
– Assim que o pai morreu, encaminhamos os filmes para lá, pois sabíamos que aqui não havia condições apropriadas para conservá-los – explica Márcia Teixeira dos Santos, diretora-executiva da Fundação Teixeirinha. – Estamos tendo um procura muito grande pelos DVDs, de todo o Brasil. Os mais velhos sentem muita saudade, e os mais jovens querem conhecê-lo. Ele foi um artista pioneiro em usar todas as mídias disponíveis em sua época: disco, rádio, televisão, cinema e palco.
Desses 10 longas lançados em DVD, o que obteve maior sucesso, com 1,6 milhão de espectadores, foi Ela Tornou-se Freira (1972), de Pereira Dias. Como ocorreu com Elvis Presley, Beatles e Roberto Carlos, o cinema se tornaria um braço muito importante para Teixeirinha promover suas músicas. O enredo deste filme, de maneira geral, mostra a persona encarnada pelo cantor em seus melodramas: o herói romântico que vence malfeitores que cruzam seu caminho e tem um final redentor nos braços da mulher amada. Outros dois títulos que chegaram à marca de um milhão de espectadores foram Na Trilha da Justiça (1977) e Teixeirinha a 7 Provas (1973) – o título de menor público, O Gaúcho de Passo Fundo (1978), somou 671 mil – pouco mais do que os 664 mil de O Homem que Copiava (2003), de Jorge Furtado, o 10º na lista de longas gaúchos mais vistos segundo a Ancine.
– Ele buscava desmistificar a imagem do gaúcho grosso e truculento – define Márcia.
O projeto de restauração será apresentado hoje, somente para convidados, no Espaço Itaú de Cinema.
Os DVDs estarão à venda, a R$ 30 cada, a partir de dezembro, na Fundação Teixeirinha (Rua Andrade Neves, 100/301). Informações pelo telefone (51) 3225-3575 e no site www.teixeirinha.com.br.