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7 de novembro de 2012

Professores e funcionários utilizam crédito para compra de livros

Foto: Francielle Caetano/PMPA
Cinco mil cartões foram destinados para professores e funcionários da Rede Cinco mil cartões foram destinados para professores e funcionários da Rede

Os cinco mil cartões destinados pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), a todos os professores e funcionários da Rede Municipal de Ensino têm recebido destinos diversos nas bancas da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre. Entre os profissionais que já utilizaram o crédito individual de R$ 50 para aquisição de livros, há quem tenha optado por publicações de gosto pessoal, por preferências familiares, por edições voltadas à parte técnica da atuação em sala de aula e também quem tenha doado seu bônus para as bibliotecas de escolas. Quem ainda não utilizou seu cartão, iniciativa que recebeu investimento total de R$ 250 mil da prefeitura, tem até o próximo domingo, 11, dia do encerramento da Feira, para fazê-lo.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Pepita de Leão, por exemplo, as escolhas têm sido norteadas pelo gosto pessoal dos professores, embora haja também casos de quem tenha optado por livros teóricos da pedagogia. “Temos recebido relatos de professores que vieram felizes nos contar que adquiriram livros sobre educação inclusiva e também obras infantis, no caso dos que lecionam em turmas iniciais, que ajudarão no trabalho em sala de aula”, contou uma das professoras em biblioteca da escola, Janete Vargas Pinheiro Müller. “O que temos certeza aqui é de que ninguém deixará de utilizar o bônus, pois antes da entrega deixamos bem claro como é o funcionamento do cartão e onde ele poderia ser gasto, além de ressaltarmos a importância de aproveitar essa oportunidade”, afirmou a outra professora em biblioteca do Pepita, Ana Cristina Ferreira de Macedo.
A situação é mais ou menos igual na Emef Professor Anísio Teixeira. Lá, porém, outra tendência também observada em outras instituições se faz mais visível. Segundo a bibliotecária Cláudia Oberrather, parte dos docentes da escola, que por diversas circunstâncias não poderia se deslocar até a Feira do Livro, doou seus cartões para a biblioteca. “Com esses créditos, compraremos títulos que a instituição necessita, como livros infanto-juvenis, literatura de apoio aos professores, até obras que encontrarmos nos balaios, tudo dependendo da nossa limitação financeira”, afirmou.
Já em outros estabelecimentos a compra se transformou em atividade coletiva. É o caso da Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer, em que alunos e professores estiveram juntos a Feira do Livro nesta segunda-feira, 5. Segundo a bibliotecária Marta Robaina, muitos profissionais preferiram aguardar pela visita para utilizarem seus créditos, e acabaram o fazendo na aquisição de livros voltados para suas famílias ou para questões mais técnicas, como um docente de teatro que comprou um livro sobre arte. Além disso, a visita também serviu para a atualização da própria biblioteca escolar, pois todos puderam, após o passeio, indicar os livros que mais se interessaram. “Assim, até o fim do ano, compraremos para o nosso acervo as publicações que receberam o maior número de indicações”, informou Marta. “Já fazemos isso há alguns anos, e é sempre interessante ver que os alunos depois voltam à biblioteca e encontram nas estantes as obras indicadas”, ponderou.
Já na Escola Municipal de Educação Infantil Mamãe Coruja, a idéia se repetirá. Neste sábado, 10, haverá ida coletiva à Feira, da qual participarão alunos, professores, funcionários e pais. Segundo a vice-diretora Cinara da Silva Vicente, a visita é uma forma de se possibilitar a participação na Feira do Livro. Ela afirma que os profissionais da instituição têm se dividido entre os que preferiram adquirir livros infantis para os acervos pessoais e aqueles que optaram por títulos mais voltados a sua área de trabalho. “Alguns têm vindo até nós para pedir dicas também, como a do livro “Fadas no Divã”, por exemplo, que analisa contos de fadas”, explicou Cinara. “A inclusão dos monitores e funcionários no projeto nesse ano também tem recebido muita aprovação, pois é uma forma de valorizar ainda mais a função educativa dessa iniciativa”, explicou.
Por fim, na Emef Lauro Rodrigues, o crédito também tem sido utilizado primordialmente em títulos da preferência pessoal ou dos familiares de professores e funcionários, segundo o diretor Sílvio Luis da Silveira Capaverde. “Em geral, o clima é de satisfação pelo fato de o cartão, neste ano, estar sendo aceito em praticamente todas as bancas, aumentando o número de títulos disponíveis”, disse. O professor também contou que entre os títulos mais comprados e comentados na escola estão os livros do moçambicano Mia Couto e o livro “Uma História do Mundo”, de David Coimbra. “Esse título tem gerado bastante discussão entre os docentes, pelo seu estilo de escrita, e há o interesse de muitos deles de utilizá-lo em sala de aula com alunos”, projetou.
Adote um Escritor – Resultante de parceria entre Smed e Câmara Rio-Grandense do Livro, busca potencializar a formação de novos leitores e escritores. Durante o ano, as escolas municipais adquirem obras literárias de autores (escritores e ilustradores) do Rio Grande do Sul e do Brasil, escolhidos coletivamente. As obras são trabalhadas durante o período letivo em sala de aula. Convidado, o autor visita a instituição que o adotou e interage com a comunidade escolar. Em 2012, estão sendo destinados R$ 825 mil pela prefeitura para o programa.


Texto de: Tiago Nequesaurt
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.