De Maikio Guimarães, Caso última hora: a crise que mudou o curso da história é finalista do Prêmio Açorianos de Literatura 2012 na categoria Ensaio de Literatura e Humanidades. |
Sobre um episódio histórico esquecido, porém
relevante, Caso última hora: a crise que mudou o curso da história
(BesouroBox, 2011), ensaio de Maikio Guimarães, é finalista do Prêmio
Açorianos de Literatura 2012, na categoria Ensaio de Literatura e
Humanidades, concorrendo com Afrontar Fronteiras, de Donaldo
Schüler, e A ciência como ela é..., de Gilberto R. Cunha.
Maikio Guimarães, graduado em Jornalismo, mestrando em Ciência Política, trabalha na Rádio Gaúcha desde 2006. Atuando como produtor e repórter, é também autor de Paixão pelo Rio Grande, sobre a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul em 2002. A partir da ideia gerida já no trabalho de conclusão da faculdade (2005), o trabalho de jornalismo literário Caso última hora passa pela história de Carlos Lacerda, conhecido por ser o principal inimigo de Getúlio Vargas. A obra aponta para uma esfera além daquela adstrita ao personagem caricaturado como “o grande vilão” da História brasileira do século XX - sem, contudo, fazer uma campanha pela reavaliação do papel de Carlos Lacerda na História nacional. O que se destaca é o cuidado em permitir ao leitor, a partir de uma desconstrução do personagem criado, a capacidade de tirar suas próprias conclusões.
Maikio Guimarães, graduado em Jornalismo, mestrando em Ciência Política, trabalha na Rádio Gaúcha desde 2006. Atuando como produtor e repórter, é também autor de Paixão pelo Rio Grande, sobre a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul em 2002. A partir da ideia gerida já no trabalho de conclusão da faculdade (2005), o trabalho de jornalismo literário Caso última hora passa pela história de Carlos Lacerda, conhecido por ser o principal inimigo de Getúlio Vargas. A obra aponta para uma esfera além daquela adstrita ao personagem caricaturado como “o grande vilão” da História brasileira do século XX - sem, contudo, fazer uma campanha pela reavaliação do papel de Carlos Lacerda na História nacional. O que se destaca é o cuidado em permitir ao leitor, a partir de uma desconstrução do personagem criado, a capacidade de tirar suas próprias conclusões.
O Caso última hora não deixou marcas apenas na política brasileira. A imprensa, após a morte de Getúlio Vargas, passou por mudanças. O modelo francês de jornalismo perdeu terreno para o padrão norte-americano, mais objetivo e moderado:
Nesta ou aquela abordagem maniqueísta dos acontecimentos, Carlos Lacerda aparece sempre como o grande vilão. A observação livre de preconceitos, no entanto, nos permite enxergar uma figura complexa, dono de grandes gestos.