De que maneira atendemos os pedidos que nos fazem? Até que ponto
respondemos mais aos apelos dos outros do que aos nossos mesmos apelos? Em que
embalagens colocamos nossos sonhos, desejos, vontades e qual destinos damos a
eles? Metáforas que podem servir para qualquer pessoa, metáforas que podem
servir talvez e especialmente para aqueles que dançam, sempre transitando entre
os seus desejos pessoais e os desejos do público. Esse é o universo da montagem
‘’Cuidado Frágil’’, do Grupo Experimental de Dança da Cidade, que tem
apresentações nos dias 08 e 09 de dezembro, às 21h, no Teatro Renascença (Av.
Erico Veríssimo, 307), com entrada Franca.
O espetáculo coloca em cena um grupo de bailarinos confinados em um palco,
sem saídas, recebendo pelo telefone ordens e sendo observados. A impossibilidade
de escapar dessa situação leva o grupo a situações extremas, transitando pelo
humor e violência, pelo poético e o grotesco. A direção geral é de Airton
Tomazzoni, que assina junto com Alessandro Rivellino e Andrea Spolaor a
concepção coreográfica do espetáculo. A cenografia é de Juliano Rossi, figurinos
de Samuel Lucca Gazola e iluminação Fabrício Simões. No elenco estão um grupo de
alunos que freqüentaram o programa de aulas do projeto em 2012: Alexandra
Castilhos/ Aline Jones/ Aline Rehm/ Andrew Tassinari/ Carol Mendes/ Emanuel
Moncorvo/ Emily Chagas/ Gabriel Grillo/ Juliana Werner/ Gina Vitola/ Lidiane do
Canto/ Luiza Fischer /Maurício Figuerah/ Matheus Espinoza/ Miriam Strack/ Ramon
Ortiz.
O projeto do Grupo Experimental de Dança da Cidade foi criado em 2007 com o
objetivo de oferecer formação gratuita e continuada. Mais de 120 alunos já
passaram pelo projeto, alguns deles ganhando destaque na produção local como
Alessandro Rivellino (Prêmio Açorianos 2011 de Melhor Bailarino) e Roberta
Savian (Prêmio Klauss Vianna), ou continuando sua formação no exterior e
integrando grupos e companhias nacionais e internacionais, como o bailarino
Douglas Jung, cursando a School Experimental Academy of Dance (Sead/ Salzburg/
Áustria) e o bailarino Marcio Canabarro. Esse atua na Europa e esteve
recentemente no Brasil dançando obra de Meg Stuart, uma das grandes artistas da
cena contemporânea.
Duas ex-alunas do grupo recentemente foram aprovadas em mestrados no
exterior, Luiza Moraes (no Centro Nacional de Dança, em Angers/França) e Kalysi
Cabeda (USP, em São Paulo). Desde sua criação o projeto contou no seu corpo
docente com consagrados artistas como Eva Schul, Jussara Miranda, Luciana
Paludo, Susana D´ávila, Tatiana da Rosa, Alexandre Rittman e Andrea Spolaor.
Entre as montagens do projeto estiveram Follias Fellinianas (2007), Ou algo
assim que me intrigue (2008) e Faz de conta que (2010).
Informações pelo telefone: 3289-8063
/cultura /danca
Texto de: Fabiano
Cardoso
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.