Maria Teresa e o Javali (Projeto, 2011),
texto do gaúcho Gustavo Finkler com ilustrações da paulistana Renata
Mattar, é finalista do Prêmio Açorianos de Literatura 2012 na
categoria Infantil. O livro tem como pano de fundo o período infantil no qual as
crianças assistem sempre ao mesmo filme, preferem ouvir sempre as mesmas
histórias, fase importante para o desenvolvimento da criança. Maria Teresa,
protagonista da história, está vivendo justamente esta fase.
A menina Maria ama ouvir a história "O Javali
intrigante", pede aos pais que lhe conte a mesma história todas às noites. Mas
em uma dessas noites, para surpresa de Maria Teresa, algo inesperado acontece.
Maria acaba sonhando com o javali, pois já conhece muito bem a história.
Acontece que o javali é um pouco guloso e acaba por sair do sonho da menina com
a intenção de fazer um lanche na cozinha. Quando Maria acorda, o animal não
consegue mais voltar para o sonho, só se Maria dormir novamante. O problema é
que já está na hora da escola, desse modo a menina se vê obrigada a cuidar do
javali. Assim, durante todo o seu dia vai viver empolgantes aventuras com o
bichinho, só que, para piorar, o animal não parece muito disposto a colaborar.
O livro é projetado com a inteção de instigar
ao máximo a imaginação da criança. Ao invés de utilizar sons e cd's com filmes,
o texto aponta para certos aspectos das imagens com a intenção de garantir a
atenção da criança. Em outros momentos, entretanto, coloca no meio do texto
nomes de canções em parênteses, com a intenção de despertar a curiosidade, ao
passo que força (de maneira lúdica) a intereção com os pais.
Gustavo Finkler é músico e gaúcho, desde os 14
anos trabalha com música. Renata Mattar nasceu em São Paulo em 1969, é cantora e
instrumentista. Maria Teresa e o Javali é o seu primeiro trabalho como
ilustradora.
Pra dar uma prova da narrativa do autor, aí vai um pequeno trecho:
Pra dar uma prova da narrativa do autor, aí vai um pequeno trecho:
Enquanto eles esperam o ônibus, não acontece quase nada, então nem vou perder meu tempo contando que passou um cachorro, que depois ele latiu quando passou um ciclista, que passaram três ônibus que não eram o certo, que um passarinho piou e depois fez cocô no chapéu de um senhor bastante velho, e ele não percebeu. Nada disso importa para a história, então simplesmente não tem razão alguma eu contar a você isso tudo. O que importa é que, depois de sete minutos, o ônibus chegou.