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23 de janeiro de 2013

A vida literária da mulher bonita



Depois de oito publicações - sem contar os roteiros para a televisão -, Claudia Tajes se aventura num chão nunca pisado: contos. Se tudo der certo, o livro, ainda de nome provisório, Sangue no Olho, sairá até a metade do ano. A escritora pretende reunir mais de 50 “contos raivosos sobre homens e mulheres”.

Além do livro tomando corpo, Claudia segue trabalhando na Globo, junto à equipe de uma novela das sete. Apesar de toda correria, consegue dar conta de outros assuntos, como o Sarau Elétrico, que acontece todas as terças-feiras no Bar Ocidente, e também de um ciclo de leituras programado para fevereiro, juntamente com a Kátia Suman, na Casa de Idéias.

Claudia conta que uma das preocupações é deixar Porto Alegre, “quando a novela for ao ar, talvez eu tenha que mudar para o Rio. Mas procuro não pensar muito nisso nessa fase. Evita (mais) rugas”.

Lembrando que Cláudia deixou a capital rio-grandense por uma temporada ano passado a fim de se aventurar pelo mundo norte-americano. De lá, a escritora trouxe novas experiências e planos. “Melhorei o inglês, mas preciso saber escrever direito na língua porque estou - suprema pretensão - começando um roteiro sobre o Henry David Thoreau, meu ídolo, sobre quem não existe filme ou minissérie. Talvez não dê em nada, mas é um projeto que me enche de entusiasmo. E estou aqui, tentando.”
10:57 23/01/2013, noreply@blogger.com (Coordenação do Livro e Literatura), Coordenação do Livro e Literatura

José de Alencar, escritor, jornalista, advogado, entre outras profissões, gostava de escrever histórias sobre o espaço geográfico e a evolução histórica. Enquadrado nas primeiras, escreveu O Gaúcho, no ano de 1870.

Nenhum ente porém, inspira mais energicamente a alma do pampa que o homem, o gaúcho. De cada ser que povoa o deserto, toma ele o melhor; tem a velocidade da ema ou da corça; os brios do corcel e a veemência do touro. O coração fê-lo a natureza franco a descortinado como a vasta coxilha, a paixão que o agita lembra os ímpetos do furacão; o mesmo bramido,a mesma pujança. A esse turbilhão do sentimento era indispensável uma grande amplitude de coração, imensa como a savana. Tal é o pampa. (página 14)


Se o livro retrata bem nossa cultura fica a critério de cada um, mas que José de Alencar é um ótimo escritor, com obras famosas e consagradas ninguém pode discordar. Alencar escreveu vários outros livros retratando as regiões do Brasil, mas este foi o primeiro deles. O livro foi adaptado para o cinema em 1957, com o título Paixão de Gaúcho.

O livro conta os acontecimentos anteriores à Guerra dos Farrapos (1835). Em meio aos acontecimentos políticos, desenvolve-se a trama central: o envolvimento amoroso entre Catita e Manuel Canho, protagonista da história e exímio conhecedor dos pampas, capaz de entender e dominar a alma dos cavalos.

Se o título te interessou, não te acanha e corre pra Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães pra conferir esta obra de Alencar sobre a nossa terra.