Pedro Gonzaga
é escritor, tradutor, professor, músico e doutorando em Escrita Criativa.
Publicou dois livros de contos, Cidade Fechada (2004) e Dois Andares:
acima (2007) e, o mais novo, de poesia: A última temporada (2011).
A coisa não pára por aí, Pedro pretende lançar um novo
livro de poesia, intitulado Falso Começo, entre maio e junho deste ano.
Sobre o título e a temática das poesias, o escritor explica: “a bem da verdade
tem a ver em parte com aquilo que nos discos de jazz se chama de false starts,
falsos começos, gravações que param por algum erro, mas nas quais se ouvem
coisas incríveis. O livro teria um pouco essa idéia.”
A partir de março, Pedro retorna com as oficinas de
escrita criativa na Casa de
Idéias, aberta ao público geral. Também, para este ano, está prevista a
publicação pela L&PM de mais um livro de Charles Bukowski, traduzido por
Pedro.
Apesar de toda
correria literária e do doutorado na reta final, não deixa de lado a banda
Trio Chico e os projetos de audições comentadas de MPB, também na Casa de
Idéias.
“Palestras, feiras e
concursos também serão uma prioridade, em especial depois do fim do impedimento
que havia em função da posição ocupada pelo pai.”, afirma o escritor, filho do
ex-secretário da Cultura Sergius Gonzaga.
Além de tudo, Pedro
tem a missão de terminar um romance até abril, que faz parte da sua tese de
doutorado, orientada por Jane Tutikian. O escritor conta, com
exclusividade, a linha geral do seu primeiro romance:
“Trata-se de um
professor em fim de carreira, um professor de latim, desiludido com os rumos da
academia e de sua própria vida e que decide tirar um semestre sabático para ir
conhecer o lugar onde morreu o poeta Ovídio, na atual Romênia, a fim também de
escrever um romance histórico sobre ele e seu exílio, e sobre as razões que o
levaram a ser exilado por Augusto, até hoje misteriosas.”
Pedro ainda acha um
tempo para dar umas dicas aos leitores do que ler e ouvir no
verão:
“Sempre acho que no
verão é bom ler contos. Recomendo a antologia da Companhia das Letras do
John Cheever ou do Raymond Carver. Para ouvir, dois mestres:
Cartolae Jackson do Pandeiro. Se for jazz, no fim de tarde de
verão, sempre cai bem o sax de Paul Desmond.”