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25 de janeiro de 2013

O ano de Pedro Gonzaga


 


Pedro Gonzaga é escritor, tradutor, professor, músico e doutorando em Escrita Criativa. Publicou dois livros de contos, Cidade Fechada (2004) e Dois Andares: acima (2007) e, o mais novo, de poesia: A última temporada (2011).

A coisa não pára por aí, Pedro pretende lançar um novo livro de poesia, intitulado Falso Começo, entre maio e junho deste ano. Sobre o título e a temática das poesias, o escritor explica: “a bem da verdade tem a ver em parte com aquilo que nos discos de jazz se chama de false starts, falsos começos, gravações que param por algum erro, mas nas quais se ouvem coisas incríveis. O livro teria um pouco essa idéia.”

A partir de março, Pedro retorna com as oficinas de escrita criativa na Casa de Idéias, aberta ao público geral. Também, para este ano, está prevista a publicação pela L&PM de mais um livro de Charles Bukowski, traduzido por Pedro.

Apesar de toda correria literária e do doutorado na reta final, não deixa de lado a banda Trio Chico e os projetos de audições comentadas de MPB, também na Casa de Idéias.

“Palestras, feiras e concursos também serão uma prioridade, em especial depois do fim do impedimento que havia em função da posição ocupada pelo pai.”, afirma o escritor, filho do ex-secretário da Cultura Sergius Gonzaga.

Além de tudo, Pedro tem a missão de terminar um romance até abril, que faz parte da sua tese de doutorado, orientada por Jane Tutikian. O escritor conta, com exclusividade, a linha geral do seu primeiro romance:

“Trata-se de um professor em fim de carreira, um professor de latim, desiludido com os rumos da academia e de sua própria vida e que decide tirar um semestre sabático para ir conhecer o lugar onde morreu o poeta Ovídio, na atual Romênia, a fim também de escrever um romance histórico sobre ele e seu exílio, e sobre as razões que o levaram a ser exilado por Augusto, até hoje misteriosas.”
Pedro ainda acha um tempo para dar umas dicas aos leitores do que ler e ouvir no verão:

“Sempre acho que no verão é bom ler contos. Recomendo a antologia da Companhia das Letras do John Cheever ou do Raymond Carver. Para ouvir, dois mestres: Cartolae Jackson do Pandeiro. Se for jazz, no fim de tarde de verão, sempre cai bem o sax de Paul Desmond.”