Dentro da programação da Semana Municipal dos Povos Indígenas, o 
Núcleo de Políticas Públicas para os Povos Indígenas (NPPPI) da Secretaria de 
Direitos Humanos, reuniu, no sábado, 20, na Aldeia Kaingang Tüpe Pën, mais de 
200 indígenas. Com a presença de lideranças kaingang e charrua e representação 
de entidades parceiras, as atividades iniciaram pela manhã, às 10h, com os 
pronunciamentos acerca da luta e das demandas indígenas na cidade e no Estado e 
estenderam-se à noite com a realização de uma festa. As atividades marcam, 
anualmente, a passagem do Dia do Índio, comemorado em 19 de abril.  
O secretário municipal de Direitos Humanos, Luciano Marcantônio, prestigiou 
o evento, falando sobre o envolvimento da pasta com a temática indígena. A 
secretária-adjunta de Povos Indígenas e Direitos Especificos, Karina Dávila, 
também acompanhou o evento e aproveitou para conhecer o atelier de cerâmica 
kaingang, onde são produzidas panelas pelas mulheres kaingang. O momento mais 
marcante foi a apresentação do grupo de dança kaingang da aldeia anfitriã. 
Conforme a coordenadora do NPPPI, Rosa Maris Rosado, a Semana Municipal dos 
Povos Indígenas é um período importante de visibilidade, voz e vez para aqueles 
que foram esquecidos no silêncio da memória. "Ouvir o que os indígenas têm a 
dizer, além de um compromisso legal, se reveste de uma possibilidade de 
reencantar o futuro da cidade", afirma.
No sábado, também aconteceu o Torneio Guarani de Futebol, no Greminho em 
Itapuã, com a presença de 12 aldeias Mbyá Guarani de Porto Alegre. Já no 
domingo, 21, aconteceram os jogos finais com premiações as equipes.
As atividades alusivas a Semana Municipal dos Povos Indígenas acontecem 
anualmente, em abril, quando os indígenas promovem suas festas tradicionais e se 
envolvem em formações pedagógicas nas escolas e em outras manifestações 
públicas, como seminários, palestras e apresentações artísticas. 
As atividades prosseguem no dia 24, quando será realizada, às 10h, a 
abertura da exposição "Kyringüé" (que significa criança na língua Myá guarani) 
no Museu Joaquim José Felizardo (rua João Alfredo, 582 - Cidade Baixa). O olhar 
da Kyringüé expresso por meio de  desenhos da aldeia e seu entorno traz a 
reflexões sobre a existência de distintas infâncias na 
cidade.
/indios
Edição de: Caren 
Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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