Foi encerrada sexta-feira, 26, a 2ª Semana Indígena do Chapéu, organizada
pelo Laboratório de Inteligência do Ambiente Urbano Cia. Ambiental, sob
coordenação da professora Patrícia Russo. Entre as atividades, aconteceram
sessões de cinema, contação de histórias, palestras e apresentações de dança. Na
quinta-feira, 25, durante reunião pedagógica, a instituição recebeu a presença
dos líderes João Padilha e Iracema Padilha, da comunidade kaingang do Jari, além
do antropólogo Walmir Pereira, diretor do Museu Antropológico do Rio Grande do
Sul.
A vice-diretora da Chapéu, Ediane Bardone, destacou o empenho que a escola
tem em atender às Leis 11.645/08 e 10.639/03, que tratam da obrigatoriedade do
trabalho com as culturas indígenas e afrobrasileiras, respectivamente. Já Walmir
salientou a importância de se superar a comemoração do dia do índio, além de se
pensar em ações que envolvam com maior profundidade o estudo das diferentes
etnias, por meio do diálogo de saberes entre academia e povos
originários. Contextualizando a situação kaingang no Estado, João Padilha
relatou um pouco do histórico de luta de seu povo. Utilizando argumentos para
que não se utilize a denominação "índios" como se todas as etnias fossem iguais,
afirmou que "o país tem que aceitar a diferença".
"A 2ª Semana Indígena na Chapéu do Sol apresentou uma visão de educação
ambiental que trabalha com o respeito ao outro e às diferenças. O pioneirismo da
Chapéu em entender e tratar a questão incluindo no debate não só a vertente
ambiental, mas abrangendo as relações sociais, torna essa escola mais uma vez
referência em nossa rede", afirmou a assessora em Educação Ambiental da
Secretaria Municipal de Educação, Andréa Ketzer Osorio.
A professora Patrícia Russo destacou o envolvimento de toda a escola na
participação das atividades da semana, que passa a fazer parte do calendário
anual da instituição.
Texto de: Tiago
Nequesaurt
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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