Enquanto água, de Altair Martins, venceu
o Prêmio Moacyr Scliar de Literatura – Conto | 2012. O vencedor recebe R$ 150
mil e e o livro, publicado em 2011 pela Editora Record, terá uma nova edição de
5 mil exemplares, impressos pela Corag e distribuídos gratuitamente na rede
estadual de bibliotecas públicas e em pontos de cultura do Rio Grande do Sul. A
editora também será premiada, com R$ 30 mil, pela compra dos direitos para
distribuir a obra.
O Prêmio Moacyr Scliar é uma realização da
Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, por meio do Instituto
Estadual do Livro, e da Associação Lígia Averbuck, contando com o patrocínio da
Petrobras e do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, apoio da Companhia
Rio-Grandense de Artes Gráficas e da Agência Matriz.
Nesta segunda edição do prêmio, participaram da
comissão julgadora Carlos Nejar, Charles Kiefer, Edson Cruz, Ivana Arruda Leite
e Marcelino Freire.
O VENCEDOR
Altair Martins nasceu em Porto Alegre, em 1975. É
doutorando em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministrou a
disciplina de Conto no Curso Superior de Formação de Escritores da Unisinos. Foi
vencedor do Prêmio Guimarães Rosa, da Radio France Internationale, por duas
vezes (1994 e 1999). Ganhou também o Açorianos (2000 e 2009), o Josué Guimarães
(2001), o Luiz Vilela (2000), entre outros. Em 2009 ganhou o Prêmio São Paulo de
Literatura com o romance A parede no escuro. Tem textos publicados em Portugal,
Itália, França e EUA. Em 2012 o livro Enquanto
água foi finalista do Prêmio Jabuti, na categoria contos e crônicas; e ganhou o Prêmio Açorianos, na categoria contos.
água foi finalista do Prêmio Jabuti, na categoria contos e crônicas; e ganhou o Prêmio Açorianos, na categoria contos.
A COMISSÃO JULGADORA
CARLOS NEJAR – escritor e poeta, único gaúcho
vivo membro da Academia Brasileira de Letras. Entre as várias obras publicou sua
poesia reunida pela Ateliê Editorial: I. Idade da noite; II. Idade da aurora. No
gênero romance estão, entre outras, O túnel perfeito, Carta aos loucos,
Riopampa, ou o Moinho das tribulações (Prêmio Machado de Assis, da Fundação da
Biblioteca Nacional, em 2000) e O poço dos milagres (prêmio para a melhor prosa
poética da Associação Paulista de Artes, de São Paulo, 2005).
CHARLES KIEFER – Estreou na ficção em 1982 com
Caminhando na chuva, novela de temática adolescente que já vendeu mais de 100
mil exemplares. Em 1985 ganhou projeção nacional com a novela O pêndulo do
relógio, agraciada com o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Em 1993,
com o livro de contos Um outro olhar o escritor volta a receber o prêmio. E em
1996, com Antologia pessoal, conquista o terceiro Prêmio Jabuti. O autor vem
acumulando nos últimos anos uma série de outras premiações, entre elas o Prêmio
Guararapes, da União Brasileira de Escritores, para O pêndulo do relógio; O
Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras, em 1993, por Um outro
olhar; o Prêmio Altamente Recomendável para Adolescentes, pela Fundação Nacional
do Livro Infantil e Juvenil, em 1986, para o livro infanto-juvenil Você viu meu
pai por aí? e o Prêmio Mario de Andrade, da Biblioteca Nacional pela obra
teórica A poética do ponto: de Poe a Borges, um passeio pelo gênero, entre
dezenas de outros. Tem mais de trinta livros publicados no Brasil, na França e
em Portugal.
EDSON CRUZ – é poeta e editor; graduado em Letras
pela USP, estou música e psicologia. Foi fundador e editor do site de literatura
Cronópios (até meados de 2009) e da revista literária Mnemozine.. É editor do
site de Literatura Adjacências, MUSA RARA (www.musarara.com.br) e do selo MUSA
RARA, em parceria com a Terracora Editora. É curador e mediador do ciclo de
diálogos O que é a Poesia?, organizado pela Casa das Rosas.
IVANA ARRUDA LEITE – É mestre em Sociologia pela
Universidade de São Paulo. Publicou dois livros de contos: Falo de mulher e Ao
homem que não me quis, finalista do prêmio Jabuti; uma novela: Eu te darei o céu
e outras promessas dos anos 60; e dois romances: Hotel Novo Mundo, finalista do
prêmio São Paulo, e Alameda Santos. Também escreve para o público
infanto-juvenil. Participou de várias antologias, entre as quais: Geração 90 –
os transgressores; 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira e
Capitu mandou flores.
MARCELINO FREIRE – autor, entre outros, dos
livros Angu de sangue (Ateliê Editorial) e Contos negreiros (Editora Record –
Prêmio Jabuti 2006). Em 2004, idealizou e organizou a antologia Os cem menores
contos brasileiros do século (Ateliê). Alguns de seus contos foram adaptados
para teatro. Participou de várias antologias no Brasil e no exterior. Criou a
Balada Literária, evento que, desde 2006, reúne escritores, nacionais e
internacionais, pelo bairro paulistano da Vila Madalena. É um dos integrantes do
coletivo EDITH, pelo qual lançou, em 2011, o livro de contos Amar é crime.
Prepara para este ano o lançamento de seu primeiro romance, Só o pó, a ser
publicado pela Editora Record. Mais informações sobre autor e obra,
acesse: www.marcelinofreire.wordpress.com.
O PRÊMIO
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por
meio da Secretaria de Estado da Cultura – SEDAC e do Instituto Estadual do Livro
– IEL, e a Associação Lígia Averbuck, entidade sem fins lucrativos apoiadora das
atividades do IEL, instituíram em 2011 o Prêmio Moacyr Scliar de Literatura. Ao
homenagear uma de suas mais importantes personalidades literárias, o prêmio
pretende fomentar a produção literária, incentivar escritores e contribuir com o
enriquecimento e a qualificação dos acervos das bibliotecas públicas.
Reconhecer a qualidade literária dos autores de
poesia e de conto com um prêmio relevante, incentivar a diversificação das
edições e aproximar os leitores com a aquisição das obras premiadas para as
bibliotecas públicas da rede estadual e para os Pontos de Cultura são os
objetivos deste Prêmio. Concorrem livros dessas categorias, publicados por
autores brasileiros, de 01 de janeiro a 31 de dezembro nos dois anos anteriores
à edição de cada premiação, no Brasil, em língua portuguesa.