Estudantes de universidade dos EUA passaram uma semana trabalhando voluntariamente no Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto, na Capital
Sophia (D) veio dos EUA para ajudar no serviço
Foto:
Mateus Bruxel / Agencia RBS
Aline Custódio
Por cerca de quatro horas, a recicladora Sandra Mara Mendes, 43 anos,
e a estudante de Antropologia da Universidade de Massachussetts, nos
Estados Unidos, Sophia Grimm, 23 anos, dividiram a mesa de separação de
lixo, no Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto (CEA-Vila Pinto), no
Bairro Bom Jesus, na sexta-feira passada.
Assista a imagens da interação:
Aluna de um curso supletivo de Ensino Fundamental, Sandra arriscou as primeiras palavras em inglês. E não se acanhou: contou os números até dez e a saudou na língua estrangeira. E foi "aprovada":
- Adorei falar com a Sophia, pois amo inglês.
Mais de 150 se inscreveram
Pela primeira vez na vida separando lixo manualmente, Sophia não se intimidou. Mesmo falando apenas "obrigado" e "cuidado" em português, a jovem fez questão de aprender a selecionar o material. Ela e outros dez estudantes - EUA (sete), Guatemala, Cabo Verde, Colômbia e Brasil - aproveitaram as férias para trocar experiências.
Quem teve a iniciativa foi a brasileira Franci da Luz, 25 anos, de Criciúma, que vive há 18 nos EUA e está se formando em Psicologia:
- Queria mostrar um outro Brasil, longe do Rio e da Bahia. Mais de 150 estudantes se inscreveram!
Durante uma semana, os jovens desenvolveram atividades com mais de 200 crianças e adolescentes inscritos na instituição. Aulas de yoga, inglês, basquete e artes fizeram parte do cronograma.
Mas quem aprendeu mais? A colombiana Maritza Merino, 21 anos, estudante de Comunicação, garante:
- Vi que aqui tudo é feito com amor. Fiquei impressionada com a educação das crianças.
Exemplo a estudantes
Ao lado da cabo-verdiana Teresa Pina, a recicladora Carmem Lucia Araújo, 42 anos, tentava manter um diálogo de sinais com a voluntária. Em minutos, as duas já sorriam. Teresa aprendeu a separar plásticos e papéis reutilizáveis.
- Não é difícil para nos entendermos. O que não falamos, fazemos sinais. Toda a troca de cultura e de experiência é válida - afirmou Carmem.
- É muito importante saber como as pessoas vivem em outros lugares. O que eles fazem aqui serve de exemplo para nós - destacou Teresa.
Entusiasmo contagiante
Para a presidente do CEA, Marli Medeiros, a participação dos estudantes estrangeiros trouxe novas perspectivas. É a primeira vez que representantes de uma universidade dos EUA vivenciam a experiência do Centro - descobriram o trabalho da instituição por meio de reportagens publicadas na internet.
- Já tem criança dizendo que quer chegar à universidade para também viajar como eles. Vamos sentir saudades de todos - disse Marli.
Sophia já projeta a volta em 2014, para aprender português:
- Na escola, aprendi sobre a Bahia e o Rio de Janeiro. Mas adorei a experiência aqui.
Assista a imagens da interação:
Aluna de um curso supletivo de Ensino Fundamental, Sandra arriscou as primeiras palavras em inglês. E não se acanhou: contou os números até dez e a saudou na língua estrangeira. E foi "aprovada":
- Adorei falar com a Sophia, pois amo inglês.
Mais de 150 se inscreveram
Pela primeira vez na vida separando lixo manualmente, Sophia não se intimidou. Mesmo falando apenas "obrigado" e "cuidado" em português, a jovem fez questão de aprender a selecionar o material. Ela e outros dez estudantes - EUA (sete), Guatemala, Cabo Verde, Colômbia e Brasil - aproveitaram as férias para trocar experiências.
Quem teve a iniciativa foi a brasileira Franci da Luz, 25 anos, de Criciúma, que vive há 18 nos EUA e está se formando em Psicologia:
- Queria mostrar um outro Brasil, longe do Rio e da Bahia. Mais de 150 estudantes se inscreveram!
Durante uma semana, os jovens desenvolveram atividades com mais de 200 crianças e adolescentes inscritos na instituição. Aulas de yoga, inglês, basquete e artes fizeram parte do cronograma.
Mas quem aprendeu mais? A colombiana Maritza Merino, 21 anos, estudante de Comunicação, garante:
- Vi que aqui tudo é feito com amor. Fiquei impressionada com a educação das crianças.
Exemplo a estudantes
Ao lado da cabo-verdiana Teresa Pina, a recicladora Carmem Lucia Araújo, 42 anos, tentava manter um diálogo de sinais com a voluntária. Em minutos, as duas já sorriam. Teresa aprendeu a separar plásticos e papéis reutilizáveis.
- Não é difícil para nos entendermos. O que não falamos, fazemos sinais. Toda a troca de cultura e de experiência é válida - afirmou Carmem.
- É muito importante saber como as pessoas vivem em outros lugares. O que eles fazem aqui serve de exemplo para nós - destacou Teresa.
Entusiasmo contagiante
Para a presidente do CEA, Marli Medeiros, a participação dos estudantes estrangeiros trouxe novas perspectivas. É a primeira vez que representantes de uma universidade dos EUA vivenciam a experiência do Centro - descobriram o trabalho da instituição por meio de reportagens publicadas na internet.
- Já tem criança dizendo que quer chegar à universidade para também viajar como eles. Vamos sentir saudades de todos - disse Marli.
Sophia já projeta a volta em 2014, para aprender português:
- Na escola, aprendi sobre a Bahia e o Rio de Janeiro. Mas adorei a experiência aqui.
DIÁRIO GAÚCHO