Discurso   Tribuna Popular CMCPOA -  09/06/2014   - Câmara de vereadores
  
Boa
   tarde à todas e todos, saudamos à todos os presentes, em especial o 
Presidente   da Câmara, Vereador PROFESSOR GARCIA, bem como todos os 
vereadores e autoridades   presentes.
Meu
   nome é Paulo Guimarães estou aqui como Presidente do Conselho 
Municipal de   Cultura de Porto Alegre representando a plenária daquele 
colegiado, essa mesma   plenária, que prorrogou seu mandato de acordo 
com condições aceitas pelo   conselho, até a posse dos novos 
conselheiros em reunião do dia   08/05/14,  PARA DENUNCIAR E PEDIR 
PROVIDÊNCIAS AOS NOBRES VEREADORES   SOBRE:
1   - Que o Plano Municipal de Cultura de Porto Alegre está desde 18 de outubro de   2013 na SMC, que ainda não    encaminhou  o texto para  a
 Câmara de Vereadores, para que o mesmo   se torne lei. E ainda 
ressaltamos que o mais grave é que o texto está sendo   modificado pela 
SMC, sem a participação do Conselho.
Também
   denunciamos que a SMC, desde outubro de 2013 não respondeu uma 
diligencia do   MINC onde este pede a indicação de duas pessoas para 
tratar sobre o plano   Municipal o que demonstra a falta total de 
vontade em concluir o processo sobre   o plano enviando este para a 
Câmara de Vereadores.
2   - Que os Editais para Eleições e renovação do conselho de cultura  não foram abertos ainda, o que é também   grave, uma vez que o mandato expiraria em 30 de maio.  Os editais deveriam ser abertos em 2013,   o que não foi feito e depois em 2014 também não.
Isso
   demonstra o descumprimento das obrigações da SMC, pois, ao mesmo 
tempo que tem a   prerrogativa de abrir os Editais, tem a obrigação da o
 fazê-lo, demonstrando um   desleixo com a gestão, tudo isso conforme o 
que diz no decreto   regulamentador 11.738/97;
Art.   8º - O primeiro cadastramento para fins de instalação do Conselho será realizado   pela SMC e homologado pelo Prefeito.
                     Parágrafo único - Após a instalação do Conselho caberá ao mesmo a   homologação das solicitações de cadastramento.
Esse
   artigo nos dá entender que para homologar das solicitações de 
cadastramento o   conselho DEVE ESTAR ATIVO, E PARA ISSO SE NECRESSÁRIO 
PODE E DEVE   AUTOMATICAMENTE  PRORROGAR O SEU   MANDATO PARA NÃO TER UMA LACUNA DE    MANDATO, FEITA PROPOSITALMENTE PELA SMC.
ESSE   MESMO ARGUMENTO FOI USADO EM 2005 PARA DEIXAR O CONSELHO FECHADO POR 5   ANOS.
3
   - Que na reunião de 30/11/2013, a justificativa para pedir a 
prorrogação do   mandato foi de que a SMC queria fazer uma grande 
reestruturação na composição do   Conselho de Cultura, prorrogação   essa sem nenhuma contestação da SMC.   tirando, por exemplo, 9    representantes das regiões ficando, dos 17, somente 8, entre outras   modificações.  Nesse dia  ficou
 combinado que seria formado um GT   para juntos, conselho e gestor 
apresentarem um anteprojeto de reestruturação do   Conselho, e que 
também isso não foi cumprido, pois a SMC fez sozinha um GT e   
encaminhou esse  estudo para o   Prefeito, mais uma vez sem a participação do conselho, pois o GT não tem nenhum   conselheiro. 
 Que todas essas atitudes da SMC   demonstram o perfil atual dessa gestão da SMC: antidemocrática e   autoritária.
 Que
 as políticas da atual gestão na   prefeitura devem sair do discurso e 
ir para a prática, pois sabemos como   ex-coordenador do Fórum Municipal
 dos Conselhos da Cidade, que vários conselhos   estão em situação 
precária necessitando de uma efetiva política de respeito e   
valorização.
 A plenária do conselho não concorda com   o  GT
 formado pela SMC e publicado   no DOPA DO DIA 02/06/2014, pois está 
completamente mal formado pedindo , que os   canais competentes do 
direito definam uma forma competente e  democrática  respeitando essa instancia da democracia   participativa na construção dessas  alterações no   conselho
EXPLICANDO   MELHOR AS DENUNCIAS:
Em
   21 de novembro de 2013, ato registrado em ata oficial do CMC POA, o 
Sr.   Secretário da Cultura solicitou prorrogação de mandato do 
Conselho, até   30.5.2014, o que foi acatado pelo Colegiado, e como 
consequência levaria o   senhor Secretário Roque Jacoby a promover a 
abertura imediata dos Editais   referentes.
Em
   22 de abril de 2014, em audiência na CECE - Comissão de Educação, 
Cultura e   Esporte da Câmara de Vereadores, onde o Secretário não 
compareceu, como em   nenhuma das reuniões para as quais foi convocado, o
 Sr. Álvaro Santi,   representando a SMC, relatou que a Secretaria 
planeja abrir editais após o   término do mandato deste Conselho, o que 
se efetivou pela portaria. Esta ação do   gestor abre uma perigosa e 
ilegal vacância, não garantindo a lisura necessária e   retirando deste 
Colegiado o direito de participar até o fim, no que diz respeito   ao 
Plano Municipal de Cultura e às Eleições.Nessa reunião a CECE decidiu   
encaminhar o pedido do conselho para o Ministério Público o que segundo 
os   vereadores da comissão já foi feito
 Para
 que esse fim ser alcançado é   necessário que o Conselho – como até o 
momento vem acontecendo – esteja atuante   e vivo com o reconhecimento 
de uma nova e necessária prorrogação do seu mandato pelo prazo estritamente inevitável à   execução da renovação,
 preconizada   nos moldes estabelecidos em lei e decreto. Logo após a 
consumação do processo,   concomitantemente, com eleição e posse dos 
novos conselheiros, extinguir-se-á o   mandato atual. 
Com
   enfoque neste detalhe, o Plenário do CMC, preventivamente, 
antecipou-se aos   acontecimentos e, na reunião de 8 de maio corrente, 
pôs em votação e, por larga   maioria,prorrogou o mandato nas condições 
acima.
 Todas
 as tentativas de aproximação com a   Secretaria de Cultura e com o 
Prefeito em busca de entendimento resultaram   frustradas, sendo uma das
 últimas experiência constituída de NOTIFICAÇÃO   EXTRAJUDICIAL – de 
obrigação de fazer – contra o Sr. Roque Jacoby,  dando-lhe
 prazo de 05 dias úteis para   publicação de EDITAIS DE ELEIÇÃO do CMC, 
providência sem surtir resultados.   Destarte, fica evidente o prejuízo   financeiro que está sendo ocasionado ao erário do município – além do interesse público
 – ao descumprir o   acordo de adesão ao SISTEMA NACIONAL DE CULTURA 
pelo qual a CAPITAL   PORTOALEGRENSE se credenciaria a receber os 
recursos como já mencionados. Vale   dizer que os editais pertinentes 
estão na iminência da publicação e só   contemplarão os municípios 
inseridos no SISTEMA, visto que para os Estados que   cumpriram 
completamente as etapas de adesão ao Sistema já   saiu.
Informamos
   ainda que fizemos essa denuncia ao TRIBUNAL DE CONTAS estando a 
PREFEITURA JÁ   NOTIFICADA e tendo já respondido à notificação esperamos
 resultados para um   prazo breve
Ademais, NOBRE VEREADORES, acrescenta-se a todos esses atos falhos da SMC, o agravante de estar privando os porto-alegrenses de convênios com a União, através do Ministério da Cultura, para instalação de pontos de cultura, centros culturais, por exemplo, além de diversos convênios e verbas federais que poderiam estar acessados, ao se todos as exigências do sistema tivessem sido cumpridas..
Ademais, NOBRE VEREADORES, acrescenta-se a todos esses atos falhos da SMC, o agravante de estar privando os porto-alegrenses de convênios com a União, através do Ministério da Cultura, para instalação de pontos de cultura, centros culturais, por exemplo, além de diversos convênios e verbas federais que poderiam estar acessados, ao se todos as exigências do sistema tivessem sido cumpridas..
Essa
   situação do não encaminhamento do plano para a Câmara de Vereadores, 
se   constitui num GRAVE ATENTADO AOS NOSSOS DIREITOS HUMANOS E 
CULTURAIS, pois ao   não dar condições de terminar o plano estão 
impedindo a população de ter um   Planejamento das atividades    culturais
 do município, essa abertura do edital se constitui num direito   humano
 e civil, pois a cultura faz parte dos direitos humanos e ao impedir a  
 sociedade de ter uma normalidade na atuação do conselho a SMC está 
infringindo   um direito humano da população, que é o de ter essa sua 
representação da   democracia Participativa, ativa e atuante e 
funcionando normalmente.
Concluindo
   afirmamos , que toda a sociedade porto alegrense, inclusive os 
vereadores são   responsáveis pelo o que está acontecendo com o conselho
 de cultura e não adianta   depois fazer como em 2005, onde o conselho 
ficou fechado por 5 anos por uma   estratégia igual à de agora, todos 
reclamarem que não tem conselho ,etc, o   momento é esse de ajudarem o 
conselho a se manter vivo e atuante. 
Paulo   Roberto Rossal Guimarães
Pres.   Conselho - gestão 2011/2014
 
























 
 
