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17 de junho de 2014

Museu de galpão conta um pouco da história gaúcha


Há 16 anos no Acampamento Farroupilha, o Piquete Laços de Sangue se empenha para mostrar aos turistas e visitantes como viviam os gaúchos nos galpões mais simples dos ranchos do interior do Rio Grande do Sul na década de 1950. É na varanda de uma construção de madeira e argila, numa referência às casas de pau-a-pique, em que as paredes eram erguidas com armações de varas entrelaçadas preenchidas de barro, coberta com capim santa-fé, que Gislei Scheffer, responsável pelo Piquete, acolhe os visitantes e mostra os mais de 300 objetos que fizeram parte da vida de nossos antepassados.
 
Motivada pelas históras que ouvia do pai, Gislei e o marido Odorico Luiz Peres de Oliveira, patrão do Laços de Sangue, se uniram aos irmãos dele para contar um pouco deste passado através dos utensílios utilizados. No começo, reuniam apenas as peças antigas dos familiares. Depois, receberam algumas doações. Mas a grande parte, conta ela, foi comprada.
 
Orgulhosa com o que sua família construiu, Gislei destaca que durante a Semana Farroupilha recebe muito a visita de grupos de jovens estudantes que se espantam com as dificuldades no passado de realizar algumas tarefas hoje tão práticas e rotineiras, facilitadas pela tecnologia.
 
Na entrada do Piquete um poço de barro lembra o tempo em que a água não escorria pelas torneiras. Um forno também de barro, ainda utilizado, serve para assar pães e carnes. Duas carretas remetem à época em que o serviço pesado no campo era realizado pelo homem na companhia de bois que carregavam o produto das colheitas.
 
Vestida de prenda, Gislei sugere uma volta ao passado mostrando partes de um alambique, fogareiros, maçaricos, lampiões, moedor de cana, de tempeiros, semeadeira, balanças, debulhador de milho, esticador de arames para fazer cercas e ferro de passar roupas à brasas. Tem ainda malas, baús, espiriteiras, afiador de lâminas, canivetes e palmatória. Nas utilidades domésticas encontramos panelas de ferro, bules, latas para armazenar mantimentos, louças, canecas, talheres e talha, utilizada para manter a água refrigerada já que não existia geladeira.
 
Apaixanada pelo tradicionalismo, Gisa, como gosta de ser chamada, diz que cuida com muito amor e carinho do seu museu de galpão, nome dado por amigos ao piquete familiar Laços de Sangue.  
 


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Texto de: Catarina Gomes
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.