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21 de junho de 2014

Uma pousada de charme para uma noite em meio aos galpões

Foto: Divulgação/PMPA
Galpão possui conforto e conta com lareira, mesa de jogos e quarto Galpão possui conforto e conta com lareira, mesa de jogos e quarto

Os participantes da oficina “Charque no Rio Grande do Sul”, oferecida no Acampamento Farroupilha Extraordinário pelo projeto Turismo de Galpão, foram surpreendidos não apenas pelas informações interessantes sobre esse produto tipicamente gaúcho, do período colonial, mas também pela beleza do Galpão dos Piquetes Vento Sul e Velho Pai, onde acontece a atividade.
A ideia que a maioria das pessoas possui do chamado “galpão crioulo”, ou seja, aquele local onde a peonada guarda os utensílios de trabalho e se abriga durante a noite, em volta do fogo de chão, geralmente com capim, barreados, de pau a pique, tábuas ou costaneiras e de chão batido, não se aplica neste caso.

Sem perder a rusticidade e o cuidado com a tradição, o galpão conjunto dos piquetes, na verdade, possui todas as características de uma pousada de charme, com o conforto exigido para esse tipo de hospedagem, como lareira, mesa para jogos e um confortável quarto para quem deseja passar a noite. “O nosso galpão atende a todos os requisitos exigidos pelo Turismo Criativo onde os visitantes passam a interagir com a cultura local. Aqui o turista passa por várias oficinas e pode efetivamente viver um ou mais dias no ambiente de uma fazenda antiga”, explica Naira Jobim, a Patroa do Piquete Ventos do Sul.
O “quarto do gringo” como foi apelidado no piquete, abriga até duas pessoas e remete o visitante ao século XVII, período do auge das charquedas no Rio Grande do Sul. Possui inclusive uma banheira e um “chuveiro” utilizado naquela época. O acervo é de propriedade de Naira que está montando esse verdadeiro “museu” há 14 anos. “Foi quando comecei a participar do Acampamento Farroupilha”, afirma Naira.
É a patroa, também, que apresenta a oficina sobre o Charque, tratando da importância deste produto para o Estado, principal alimento da mão-de-obra escrava e, em uma época em que não existiam enlatados e frigoríficos, também o método mais utilizado para conservação da carne.


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Texto de: Elana Zarpelon
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.